Enquanto o mundo se indigna com racismo, América do Sul vive novo caso

O racismo é o assunto do momento, principalmente por conta da sucessão de episódios de ódio contra Vinícius Júnior na Espanha. No entanto, na América do Sul esse problema também é muito forte. Sobretudo na Argentina. Os argentinos volta e meia aparecem chamando os brasileiros de ‘macacos’. O mesmo aconteceu com o colombiano Rodallega.

O centroavante de 37 anos do Independiente Santa Fé foi insultado durante jogo contra o Gimnasia, fora de casa, na noite da última terça-feira (23), pela Copa Sul-Americana, e o grito em sua direção foi muito nítido. Confira:

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Após o fim da partida, Rodallega lamentou ter que passar por isso e se mostrou muito machucado e entristecido.

“Não melhoramos como humanidade. É um desastre o que acontece no mundo inteiro. Uma tristeza que venhamos aqui. Não estou dizendo que perdemos porque eles nos ofenderam, isso é normal. Mas o tema racismo… é cansativo que te chamem de macaco, que te chamem de negro. É uma falta de respeito que dá tristeza”, diz em entrevista à ESPN.

O atleta completa: “Aconteceu com todos nós ali quando houve o problema. São problemas que acontecem em campo. Podemos discutir, podemos brigar, podem haver expulsões. É normal! Mas que as pessoas comecem a falar sobre raça em vez de raiva, tristeza. Em mim dá tristeza”.

Para Rodallega, dor da derrota não se compara com o sofrimento após um caso de racismo

O jornalista questiona sobre a dor da derrota ser menos pior do que a dor do racismo. Rodallega diz que a derrota não dói, mas sim os casos de racismo incessantes. Ele diz que os colombianos não foram respeitados pelos torcedores do Gimnasia como respeitaram no jogo na Colômbia.

“Não me dói que tenhamos perdido porque se pode perder no último minuto. Nós, em Bogotá, também ganhamos no último minuto. Eles hoje estiveram com essa sorte. Mas me dói o que acontece no estádio e nos arredores. Nós os tratamos bem em Bogotá, os respeitamos. Eles hoje não nos respeitaram”, finaliza.

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