A torcida “comprou” o jogo. Se inflamou antes, durante e depois. Esteve junto com o time e comissão técnica.
Esteve junto com o time e comissão técnica. No estádio deu um show de vibração e força coletiva ao time, que no primeiro tempo correu como se sua vida dependesse disso. E para todos os presentes também, seja no estádio, nas salas, nos butecos, nas delegacias, nos hospitais, nas praças, onde quer que houvesse um torcedor do Flamengo, sua vida dependia disso.
Do mesmo autor: CSA 0 x 2 Flamengo – As vaias a Vitinho
O ritmo de jogo era intenso com um Gabigol iluminado. Flamengo criou uma chance clara nos primeiros minutos. Desperdiçada pelo “o cara” do jogo. Mas, minutos depois veio o pênalti no Rafinha. Entrou na área e foi impedido pelo braço e corpo do adversário. Lance claro de infração. Menos para os comentaristas da Globo, que ao final do jogo, falavam daquilo como um lance casual de jogo e o Flamengo sendo ajudado. É a narrativa que eles insistem em produzir. Sempre.
Gabigol não tendo nada com isto, fez seu gol de pênalti. Primeiro sinal que aquela uruca de pênaltis contra o CAP estava indo embora.
Logo depois uma linda jogada individual de Bruno Henrique. Ele divide com o adversário, cruza da linha de fundo, Everton Ribeiro passa pela bola, mas Gabigol não. De pé esquerdo coloca a bola no canto do bom goleiro do Emelec. Flamengo 2 x 0 Emelec. Já tinha empatado o placar feito no Equador. Prenúncio de goleada, do Flamengo fazer larga vantagem. Mas o Emelec acertou a marcação e o fôlego do Flamengo começou a pedir água. Juiz apita o intervalo, e notou-se o alívio nos jogadores.
Um primeiro tempo muito bom. Intensidade de jogo, trocas de passes, marcação firme. Thuler e Pablo Marí fazendo ótima partida. Arão muito bem tanto atrás como em suas investidas na frente, Cuéllar sempre sóbrio e soberano na marcação e na distribuição das jogadas. Renê fazia sua partida regular esperada. Dando saudades do Trauco, que irá partir.
E veio o segundo tempo. Emelec que desde o início fazia cera, resolveu partir mais para o ataque. Marcação alta. Passaram a ter mais domínio do jogo. Embora só tenham produzido de fato um único perigo de gol. Bola passou raspando pelo gol do Diego Alves que nem se mexeu, desviou com os olhos. A zaga do Flamengo muito bem. Emelec apostando demais nas jogadas laterais o que forçou que tanto Rafinha como Renê ficassem mais atrás. Cansado sai o Everton Ribeiro por Arrascaeta. Time ainda assim não apresentou melhora relevante. Depois sai Gabigol, com problema aparentemente muscular para estréia do garoto de 17 anos Reinier. Aquelas coisas que parece que só acontecem no Flamengo não importando a época e o técnico. Pareceu meio afobado nos lances, mas não tem como condenar.
Gerson, que fez uma partida ok, é substituído pelo Berrío. Flamengo sem fôlego, vê o Emelec ganhando todas as segundas bolas e exercendo uma certa pressão. Até que o Mengo acorda nos últimos 10 minutos. Thuler perde um gol escala 9.5 Deivid. Sozinho isolou para fora. É nossa sina. Depois um bom lance de Bruno Henrique saiu driblando e fomeando até chutar para fora. Emelec, satisfeitíssimo com o andamento. Queria ir para os pênaltis. Depois que viu como foram contra o CAP quem não?
Apita o fim de jogo. Flamengo ganha de 2 a 0. Mas não é o suficiente. Pênaltis. Aliás, é o primeiro jogo com Jesus que o Flamengo não leva gol. Se tinha jogo para isto acontecer era este.
Mas desta vez o Flamengo treinou bem. Conforme Jesus falou em coletiva, preparou bem os jogadores para esta eventualidade. Sabia quem e como iria se bater. Não era mais aquelas batidas de pênalti “a bangu” que foram contra o CAP. No final, Flamengo converteu 4 e Emelec 2. Nem precisou bater o último. Diego Alves defendeu bem um dos pênaltis. Flamengo classificado agora para as quartas das Libertadores. Um acontecimento infelizmente ainda histórico. Jogaremos contra o Internacional e temos todas as condições de eliminá-los também.
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