MRN Informação | Yago Martins — O ex-técnico do Flamengo, Domenèc Torrent, falou novamente sobre sua passagem no clube em uma entrevista para a imprensa. Desta vez, o catalão abriu aspas para o perfil espanhol do CoachesVoice e revelou que conversava com Filipe Luís sobre a ideia de implantar o 3-4-3 na equipe.
”No Flamengo, devido à pandemia, jogávamos dia sim e dia não. Fomos líderes por alguns dias no torneio local, também na Libertadores. A maior dificuldade era a falta de tempo e treinamento. A formação que mais gosto é o 3-4-3. Conversei muito sobre o assunto com o Filipe Luís. Mas não tive tempo, porque tenho certeza de que deve se treinar para usá-la. É muito diferente do 5-3-2, e no Brasil eles trocam de técnico muito rápido”.
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Catalão ex-Flamengo deu entrevista polêmica em fevereiro
Em síntese, não foi a primeira vez que Domènec deu uma entrevista para falar sobre sua passagem na Gávea. Em fevereiro deste ano, o técnico abriu o jogo para o jornalista André Hernan, do GE e disse que nunca se sentiu prestigiado pela direção.
”A sensação que eu tinha desde o início, e comentava como a equipe quando liderávamos havia várias rodadas, que, com a primeira partida que perdêssemos, estaríamos fora. Por quê? Pela sensação que eu tinha lá dentro. Nunca senti apoio de verdade. Os jogadores me apoiavam. Se quiser, podemos falar deles, das barbaridades que disseram, se estávamos zangados com um ou outro jogador, o que é mentira. Disseram muitas mentiras em dois meses”, disparou Dome.
Citando a derrota por 5 a 0 sofrida na Libertadores, contra o Independiente del Valle, o técnico disse que ali os dirigentes perderam a confiança em seu trabalho. Entretanto, poupou Braz e Bruno Spindel, diretor executivo de futebol do Flamengo:
“Eu tinha contato com Marcos Braz, da diretoria, e Bruno Spindel. São os únicos com quem falava e interagia um pouco. Mas… como pode ser que, a cada partida, você esteja preocupado com se ganha ou não e como vão olhar para você dependendo do resultado? Como eu venho de outros times, com outra cultura, nem melhores nem piores, apenas diferentes, nunca nos sentimos apoiados. O que aconteceu no Equador foi muito forte. Então, a partir dali, eu sabia que a diretoria não confiava mais em mim”, afirmou o técnico.