Estamos apenas na semifinal. Falta muito, muito, muito para o título. Mas hoje eu tenho prazer de ver o Flamengo jogar.
Quais eram seus maiores sonhos quando você tinha 8 anos de idade?
Quais são seus maiores sonhos hoje?
Restou algum daquele tempo? Algo que você não realizou e que sobreviveu ao susto da vida adulta?
Quais eram seus maiores sonhos quando você tinha 8 anos de idade?
— Téo Benjamin (@teofb) August 29, 2019
Quais são seus maiores sonhos hoje?
Restou algum daquele tempo? Algo que você não realizou e que sobreviveu ao susto da vida adulta?
Uma criança sonha dentro de mim.
Uma criança sonha dentro de mim
Comecei a gostar de futebol tarde. Só me encantei mesmo no Carioca de 96, com quase 8 anos de idade. Até então não dava bola.
Ali, me apaixonei. Demorou para me tornar torcedor de estádio, mas o Flamengo já ocupava um espaço gigantesco na minha vida.
Eu ouvia as histórias dos mais velhos.
Um Flamengo dominante, imbatível. Um time que tinha o maior craque do mundo, que conquistou o Brasil mais que todos os outros e subiu no topo do mundo ainda antes de eu nascer.
Eu sonhava. Não só eu.
A minha geração inteira.
Meu sonho era ver o Flamengo campeão brasileiro e da Libertadores
Em 2009, depois da penúltima rodada contra o Corinthians, pulei de roupa a piscina. Fiquei quieto lá, olhando pro céu, lembrando dos meus 8 anos de idade.
Quando Angelim virou o jogo contra o Grêmio, sentei na arquibancada do Maracanã e fechei os olhos. Estava em paz.
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Um desconhecido se abaixou, pegou a minha mão: “Levanta, cara! Eles precisam da gente!”
Vencemos aquele título juntos. Todos nós! É o título da minha geração!
Não me entenda mal. Vivi profundamente um tri contra o Vasco e outro contra o Botafogo.
Vi no Maracanã a Copa do Brasil em 2006 e em 2013. Ganhei Copa dos Campeões, Mercosul… Minha geração de rubro-negros viu uma quantidade razoável de títulos lindos.
Mas nunca vimos um Flamengo realmente dominante
Teve o plano ISL, o melhor ataque do mundo, o Hexa aos trancos e barrancos…
Vivemos uma gangorra de emoções.
Ser Flamengo é isso. É estar constantemente entre a realidade e a ficção, o céu e o inferno.
Falam da riqueza atual do Flamengo como se fôssemos representantes de uma elite sempre favorecida num jogo desigual.
Meu irmão, a gente comeu o pão que o diabo amassou. Se hoje o Fla paga suas contas e ainda distribui dinheiro pros outros times do país, é porque a gente lutou muito.
Quais eram seus maiores sonhos quando você tinha 8 anos de idade?
Todos os sonhos que eu tinha aos 8 anos se foram
Nunca pude ter uma girafa ou ser astronauta. Jogador de futebol, nem pensar.
O que me conecta àquele menino que fui é o Flamengo. A única coisa que eu sonhava aos 8 e ainda sonho aos 31 é a Libertadores.
Estamos apenas na semifinal. Falta muito, muito, muito para o título.
Mas hoje eu tenho prazer de ver o Flamengo jogar.
Isso já vale mais que tudo
Digo e repito para a minha geração: desfrutem, galera. Esse momento é nosso.
Não a liderança momentânea do Brasileiro ou a classificação na Libertadores. Não sabemos o que vai acontecer.
Desfrutem um Flamengo que dá prazer.
Desfrutem como se tivéssemos 8 anos de idade.
SRN
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