O autor da convocação de Rodolfo Landim para depor na CPI das Apostas insinuou ter recebido pressões para retirar o pedido. A convocação, pedida no dia 19 de maio, ainda não foi votada pela CPI.
“Ontem me chamaram no Maracanã para poder conversar sobre um presidente de clube que eu convoquei para vir aqui. A intenção de trazer aqui para esta CPI é apenas para esclarecer. Se ela está recebendo dinheiro das empresas de apostas, a gente quer saber de onde vem, para onde está indo”, disse Luciano Vieira (PL-RJ).
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Vieira poderia, porém, também estar se referindo a Jorge Salgado, presidente do Vasco, que ele também quer convocar para a CPI. A justificativa para as convocações é ouvir os presidentes sobre o patrocínio de casas de apostas ao clube.
O pedido de Vieira ainda não foi votado por não estar enquadrado no plano de trabalho na CPI. Desta forma, na sessão desta terça, os deputados votaram requerimentos que convocam jogadores sob investigação na Operação Penalidade Máxima e representantes de casas de apostas.
Não existe na investigação da Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, que deu origem à CPI nenhuma suspeita sobre Landim, o Flamengo ou as empresas que patrocinaram o clube. Porém, isso não impediu os deputados de aprovarem a convocação.
Antecessor de Landim, Bandeira é membro de CPI
O antecessor de Landim na Presidência do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, hoje deputado, é um dos membros da CPI. Bandeira participou da sessão de ontem, mas não se pronunciou sobre a questão.
Na sessão de instalação da CPI, o Flamengo enviou Aleksander Santos, diretor de Relações Governamentais do clube, a Brasília para acompanhar a reunião. O vice-presidente de Futebol do Flamengo, Marcos Braz, é vereador pelo mesmo partido de Luciano Vieira. Essas relações, porém, não impediram o pedido do deputado.
Diferentemente de outros clubes do futebol brasileiro, o Flamengo não tem nenhum jogador sob suspeita de envolvimento em manipulação de apostas seja pelo clube, seja pelos clubes anteriores. O nome do clube apareceu em conversas interceptadas pela investigação, mas não há nenhum indício divulgado até aqui de participação do Flamengo no escândalo.
Mesmo assim, desde que a segunda fase da operação foi deflagrada, o Flamengo realizou palestras com atletas profissionais e da base sobre os riscos do envolvimento com apostas.
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