O Conselho Deliberativo do Flamengo se reúne hoje para julgar Gonçalo Veronese, sócio do clube e membro do Conselho Fiscal do clube. Caso o parecer da comissão de inquérito instaurada para investigar o caso seja desfavorável ao réu, assim como a votação dos demais conselheiros, a punição será a exclusão do quadro social do clube por 10 anos. O conselheiro não perde o título, podendo até vendê-lo, mas fica impedido de qualquer tipo de direito associativo como o mais básico, de frequentar as dependências do clube.
Entenda o caso
Em abril de 2014, Gonçalo Veronese, procurador federal e membro do Conselho Fiscal do Flamengo, entrou com um requerimento no Conselho Deliberativo do clube denunciando quatro vice-presidentes administrativos de estarem nos cargos de forma irregular, nomeadamente Rafael Strauch, à época VP do Fla-Gávea, Gusvo de Oliveira, à época VP de Comunicação, Wallim Vasconcellos, à época VP de Futebol e Rodolfo Landim, à época VP de Planejamento. No documento ao qual o jornal Lance! teve acesso com exclusividade pedia a exoneração dos dirigentes irregulares e a nulidade dos atos praticados até então.
O motivo alegado para este pedido era que alguns VPs não teriam o tempo necessário para assumirem os cargos, apesar do estatuto do clube não fazer nenhuma restrição quanto a isso.
Foi aberta uma comissão para apurar o vazamento. Esta comissão apontou que Veronese foi o responsável pelo vazamento, e ainda sugeriu a nomeação de uma nova comissão para comprovar se houve fraudes de documentos durante o processo de investigação. Portanto, esta segunda comissão também foi instaurada e um perito chamado para analisar os documentos supostamente fraudados pelo acusado e hoje será dado o parecer e votação do plenário formado pelos conselheiros do CoDE está marcado para decidir o futuro de Veronese no auditório Rogério Steinberg, à partir das 20h desta quarta-feira.