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Com quase 125 anos de história e mais de 36 milhões de torcedores em todo o país, o Clube de Regatas do Flamengo é, sem sobra de dúvida, um dos maiores nomes do esporte brasileiro. Vale lembrar: não só no futebol. Outras modalidades da agremiação também se tornaram referência nacional, como o basquete, vôlei, handebol e, mais recentemente, os eSports – competições de jogos eletrônicos de nível profissional.
Além de ser o time mais popular do país, o Mengão conseguiu repetir esse feito também no universo dos jogos eletrônicos. O Flamengo eSports, equipe profissional do clube que disputa o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), é lembrado por 79,1% dos gamers brasileiros, ficando à frente do INTZ (68,5%), Kabum eSports (66,7%), RED Canids Kalunga (64,2%) e paiN Gaming (64,1%), de acordo com a última edição da Pesquisa Game Brasil, realizada pelo Sioux Group.
O League of Legends (LoL) é um dos principais disseminadores da modalidade no país, já que é um dos jogos de maior sucesso da atualidade. Entretanto, a história dos eSports é antiga e remonta à década de 1970, quando o primeiro torneio de videogames foi realizado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Esse tipo de competição, porém, só ganharia uma escala maior a partir dos anos 1980, quando um campeonato de Space Invaders da Atari atraiu mais de 10 mil competidores.
Começo do projeto
O projeto do Flamengo nos eSports começou em julho de 2017, quando o então vice-presidente de Marketing no clube postou uma mensagem no Twitter anunciando enigmaticamente que LOL “agora é uma nova modalidade do Mengão”. Após muita especulação, o Flamengo iniciou oficialmente sua entrada nos esportes eletrônicos em outubro de 2017.
A princípio, a proposta do time carioca era montar seu elenco de League of Legends (LoL) por meio de uma seletiva, mas não demorou até o Flamengo anunciar uma escalação com nomes de peso, no final de 2017, incluindo a contratação do maior jogador da história do LoL brasileiro, Felipe “brTT” Gonçalves, assim como uma importação estrangeira, o coreano Jisu.
Escalada rumo ao sucesso
Apesar do time de estrelas, inicialmente a equipe carioca não obteve as grandes conquistas que a torcida esperava em suas primeiras campanhas. Aos tropeços, o Mais Querido só conseguiu chegar à elite do LoL pela série de acesso após finalizar o Circuito Desafiante 2018 em segundo lugar. Mesmo com a contratação de reforços, novamente a equipe rubro-negra amargaria o vice-campeonato, ao perder para a KaBuM por 3 a 2 na final do CBLoL.
Depois de bater na trave duas vezes, o tão sonhado título de campeão brasileiro de League of Legends viria em setembro de 2019, na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro. Nessa ocasião, o Flamengo eSports venceu a INTZ por 3 a 2, ganhando a chance de representar o Brasil no mundial da categoria após apenas dois anos de existência na modalidade.
Único representante brasileiro na competição, infelizmente o time não conseguiu repetir o bom desempenho e acabou eliminado precocemente. Da mesma forma, apesar das expectativas, o Mengão foi eliminado ainda na primeira fase do CBLoL 2020 após perder para o Santos e-Sports.
Próximos desafios
O Mengão sonha em seguir voando alto nas próximas temporadas. No começo deste ano, o clube fechou um contrato de licenciamento de três anos com a Simplicity One, uma joint venture com ampla experiência nas principais ligas dos Estados Unidos. A empresa ficará responsável tanto pela gestão do Flamengo eSports, visando consolidar o sucesso da equipe no LoL, como por levar a marca a novos mercados e modalidades.
Já no final de agosto, o Rubro-Negro Carioca anunciou a sua entrada oficial no cenário competitivo de Free Fire, em parceria com a B4, dando o primeiro passo para sua expansão em outras modalidades. A iniciativa conta com o patrocínio da agência Madmonkey, que ficará também à frente do canal do Fla Free Fire no YouTube. Ao que tudo indica, se seguir nessa trajetória, o Flamengo deve brilhar em outros campeonatos de eSports nos próximos anos.
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