O Flamengo não funcionou em 2023. Campeão da Libertadores da América e da Copa do Brasil em 2022, o Rubro-Negro coleciona vexames e eliminações traumáticas neste ano, e a cada jogo a incompatibilidade de Jorge Sampaoli com o elenco fica mais evidente. Para o comentarista André Rocha, o treinador argentino se escora nas lideranças do elenco para se manter no cargo.
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De acordo com o jornalista, Sampaoli prioriza jogadores que não tem correspondido dentro de campo, mas que conseguem sustentar seu trabalho fora das quatro linhas: “Os privilégios são nítidos e formam a marca da “gestão” de pessoas de Sampaoli. Diante da reprovação de parte do elenco e da falta de um respaldo real da diretoria, o técnico vai tentando sobreviver escorado nos pilares que sobraram”, afirmou.
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André Rocha usa como exemplo três líderes do Flamengo, que em campo não estão rendendo o esperado. O primeiro é Gabigol. Em péssima fase, o camisa 10 rubro-negro não perde sua vaga no time titular, enquanto Pedro, artilheiro do time no ano, fica esquecido no banco de reservas:
“Ter Gabi do outro lado é bem mais complicado que o pacato Pedro, que quando se rebela acaba perdendo a razão e sendo punido. Mas a política também conta. Enquanto um faltava ao treino e era punido, o outro alimentava a idolatria junto com Zico na visita ao novo museu do clube“, disse o jornalista.
Gerson e Filipe Luís titulares do Flamengo de Sampaoli
Portanto, na opinião de André Rocha, além de Gabriel Barbosa, Jorge Sampaoli também se agarra a Gerson e Filipe Luís. Assim, o primeiro é peça-chave no seu sistema de jogo e seu homem de confiança dentro de campo. Os dois trabalharam juntos no Olympique de Marseille, e nutrem forte relação desde os tempos na França.
Enquanto isso, Filipe Luís assumiu a posição nos últimos jogos e barrou Ayrton Lucas, que vive má-fase desde a chegada do treinador argentino. Assim, jogador mais experiente do elenco, o lateral-esquerdo compensa os erros dentro de campo com a sua influência fora dele:
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“Não faz sentido para Sampaoli sacar Gerson do time, já que o meio-campista é o maior defensor do trabalho do técnico dentro do elenco (…) Por último, Filipe Luis. A nítida queda física na reta final de carreira e os erros técnicos, antes raros, não pesam tanto na escolha de Sampaoli quanto a influência além das quatro linhas”, afirmou.
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