As discussões sobre a Liga estão estagnadas após a Liga de Clubes do Brasil (Libra) – grupo do Flamengo – e a Liga Forte Futebol não entrarem em consenso sobre a divisão de TV. A última reunião entre as partes aconteceu há 15 dias e, desde então, há um impasse no que tange ao prosseguimento do debate.
Nesse sentido, o Forte Futebol já apresentou e tem bancado a sua proposta de distribuição das cotas televisivas. Desse modo, o grupo pretende usar a seguinte divisão: 45% iguais; 30% por posição e 25% por engajamento (audiência). Isso geraria, portanto, uma diferença de 3,5 vezes entre o clube com maior e menor arrecadação.
Contudo a Libra pensa a divisão de uma maneira diferente. Para o grupo, que tem o Flamengo como um dos cabeças, os percentuais para divisão de TV deveriam ser da seguinte maneira: 40% iguais. 30% por posição e 30% por torcida (tamanho da torcida, venda de ingressos e audiência). Nesse sentido, a diferença entre os clubes de maior e menor arrecadação poderia chegar a 5 vezes.
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Apesar de não haver acordo, a Libra entende que a diferença entre os modelos não é tão grande. Contudo, um grande impasse diz respeito ao pay-per-view. Isso porque o grupo que tem o Flamengo inclui a garantia de que os clubes tenham as rendas atuais mantidas entre seus critérios para a Liga. O Forte Futebol, em contrapartida, não aceita manter essas garantias, o que afeta especialmente o Rubro-Negro e o Corinthians, que arrecadam bastante com o PPV.
De momento a Libra busca apresentar o modelo mais confortável para os participantes do grupo para, posteriormente, levar sua proposta ao debate com o Forte Futebol que, por sua vez, espera por uma proposta concreta da outra parte. A expectativa é que haja aceitação ou uma contraproposta para que as negociações prossigam.
O temor, no entanto, é de que as negociações que hoje estão travadas fiquem emperradas de vez. Não havendo avanço ainda no mês de setembro, ficará ainda mais difícil de acontecer algum acordo sobre a divisão de TV para a Liga de outubro em diante. Isso porque o calendário tem em vista as eleições presidenciais, finais de Copa do Brasil e Libertadores, além da Copa do Mundo em novembro. As informações são do jornalista Rodrigo Mattos.
Vale lembrar que a Libra reúne Botafogo, Flamengo, Vasco, Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Guarani, Ponte Preta, Novorizontino e Ituano.
O grupo ainda busca acordo com os dissidentes do grupo Futebol Forte, que reúne Athletico-PR, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sampaio Corrêa, Sport, Vila Nova e Tombense.
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