Dia 29 de novembro de 2016. O dia mais triste da história do futebol brasileiro. O avião da Chapecoense cai, deixando 71 mortos e seis feridos. Entre as vítimas fatais estavam Cléber Santana, ex-jogador do Flamengo.
O jogador deixou esposa e dois filhos. Cléber Santana Júnior, o Clébinho, de 19 anos e Aroldo Neto, de 16 anos. O mais velho está sem clube. Enquanto o caçula está no Retrô FC, de Pernambuco, e fez uma homenagem especial ao pai.
Aroldo fez uma tatuagem de Cléber Santana no antebraço. O menino queria ganhar o desenho como um presente de aniversário, mas enfrentou resistência da mãe, Rosângela Loureiro. Até porque ela não sabia qual era o desenho. Contudo, quando soube, não teve como negar o pedido. A matriarca falou ao ge sobre a homenagem.
“Ele me pediu uma tatuagem como presente de aniversário. Aí eu sempre disse que quando ele fizesse 18 anos ele poderia fazer. Mas ele nunca me disse qual desenho queria fazer. Quando mostrou a foto do pai dele, aí ele me rendeu, me deu uma pena e eu deixei ele fazer”, disse.
Ainda de acordo com o ge, o menino optou por fazer uma tatuagem com o pai sorrindo. Por isso, optou pela imagem do pai com a camisa do Avaí. Além disso, o site ainda diz que Aroldo não quis fazer referência à Chape por lembranças das tragédia.
Cléber Santana pelo Flamengo
Com grande amor pelo Flamengo, Cléber Santos jogou no Rubro-Negro de 2012 a 2013. Com o Manto Sagrado, o jogador atuou em 12 partidas e marcou um gol, na estreia contra o Atlético-GO. O único tento com a camisa rubro-negra foi muito comemorado pelo jogador, conforme revelou a viúva Rosângela ao portal ge.
“Ele me ligou numa felicidade… Dispenso comentários sobre a felicidade dele. A felicidade dele não era só por um gol pelo Flamengo. Não entendo de futebol, mas ele estava tirando o Flamengo de situação ruim. Ele dizia: ‘Deus é maravilhoso’ numa felicidade. Família toda ligando para ele. Ele tem muito amor pelo Flamengo, assim como meus filhos têm”, conta Rosângela.
Mas nem o amor pelo Flamengo foi o suficiente para manter Cléber Santana no Rio. O Rubro-Negro não tinha condições de arcar com o salário do jogador. Além disso, ainda tinha uma dívida do clube com o Avaí, que acabou acertando o retorno do meia. Rosângela lembra a tristeza de Cléber com a saída do Ninho.
“Cada vitória pelo Flamengo na presença de Cleber, ele chegava numa felicidade tremenda, notava que era diferente. Notava diferença para os outros clubes que jogou. Tinha orgulho demais daquele time. Quando foi embora, chorou muito. Estou escrevendo o livro da minha história de vida e da dele e falo sobre isso. Tem gente que pensa que os jogadores só são mercenários, que só vão embora por causa de dinheiro. Ele foi obrigado a ir embora porque o Fla não tinha como pagá-lo”, lembra a viúva.