A primeira partida entre Corinthians e Flamengo pela final da Copa do Brasil terminou sem gols, mas quando se ouve as declarações corintianas, parece uma goleada rubro-negra, de tantas lástimas. Apesar do jogo ser no dia 19, a decisão já começou, com Duílio Monteiro Alves e Vitor Pereira “chorando” de forma vexatória em entrevistas.
Presidente e treinador do Corinthians foram aos microfones e reclamaram do suposto pênalti de Léo Pereira, que não foi marcado por Bráulio na segunda etapa. Eles deram um show de desinformação e vitimismo sobre um lance acertado do árbitro, em uma clara tentativa de pressionar a arbitragem para o jogo do Maracanã.
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Duílio joga para a torcida e aponta todo o seu desconhecimento sobre o VAR: “A gente vai tomar providências, mas infelizmente não volta mais. É um erro gravíssimo, quero entender por que o VAR não chamou. Existe o VAR, o cara pode olhar o lance 10 vezes. Pode até não dar, mas olha. O VAR existe para isso”.
Mas quatro anos após a chegada do VAR ao Brasil o presidente ainda ignora as regras e o funcionamento da ferramenta. Não conhece os protocolos ou dá esse tipo de declaração para culpar a arbitragem caso perca o título? O VAR não é feito para dar uma segunda chance ao árbitro, se o juiz da cabine concorda com a marcação de campo, ele vai chamar o árbitro para quê? Não é assim que funciona.
Ratificando a decisão de Bráulio da Silva Machado, o ex-presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba falou sobre o lance: “Não vejo infração, pois o defensor está em ação de disputa com o adversário e não de bloqueio. O braço está em posição natural”. Ou seja, o Duílio queria que a cabine chamasse para quê, se o árbitro acertou em campo?
Vitor Pereira deixa claro quais as intenções do ‘chororô’ e o medo do Flamengo
Na coletiva pós jogo, o técnico Vitor Pereira seguiu a mesma linha do presidente. Destilou desinformação sobre o VAR, mas deixou claro que sua intenção é tirar o foco do futebol e pressionar a arbitragem contra o Flamengo.
“Para mim, nessas duas decisões, saíram lesados mais de 30 milhões de corintianos, isso é que é preciso estar atento. Mas é preciso falar disso, não falar de flores. Até o segundo jogo, não quero que se fale de flores, quero que se fale disso, não é para se esconder”.
Portanto, se Vitor Pereira quer pautar a discussão e que se fale apenas disso, trazemos aqui a opinião de mais especialistas no assunto.
“Não foi pênalti. O Léo Pereira disputa a bola com o Yuri Alberto e a bola resvala na sua mão, que estava em gesto natural para a jogada. Acertou a arbitragem”, disse Carlos Eugênio Simon, ex-árbitro e comentarista da ESPN.
Sálvio Spínola, comentarista de arbitragem da Globo também concordou com Bráulio. “Para mim, o Léo está num movimento natural. Ele faz o movimento para recolher o braço e não uma ação de bloqueio. Está com o braço baixo e movimento natural”.
Assim, da mesma forma que outros árbitros não viram penalidade, não existia motivo para o responsável pela cabine do VAR chamar para revisão, já que também concordou com a marcação de campo. Também vale lembrar que há cinco dias, no mesmo estádio, este pênalti não foi marcado contra o Corinthians.
Mas alguém ouviu Duílio Monteiro Alves e Vitor Pereira comentando sobre?