Nesta quarta-feira (22), o Flamengo enfrenta o Amazonas, pelo segundo jogo da terceira fase da Copa do Brasil. A partida ainda nem foi realizadas, mas já está envolvida em polêmicas, visto que o clube mandante foi notificado pelo Procon e pela Defesa do Consumidor pelo preço abusivo dos ingressos. Roberto Peggy, CEO do Amazonas, tentou justificar o ocorrido.
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“É pela questão moral de você não permitir que o teu estádio seja tomado por torcedores do time visitante e você passar o vexame de ser vaiado dentro da tua própria casa, porque a torcida adversária é maior. Por isso, nós colocamos 10% do estádio somente para flamenguistas e nós queremos que o amazonense venha assistir o jogo”, disse, em entrevista ao ‘Jornal O Globo’.
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Fato é que, a “questão moral” por ele citada gerou entradas com preços que variam entre R$ 150 e R$ 1.500 para assistir ao confronto. E justamente os valores exorbitantes chamaram a atenção das autoridades que regulamentam abusos aos consumidores.
Na época em que os preços foram divulgados, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazonas, por meio do presidente Mário César Filho, definiu como “inaceitável” a prática.
“É inaceitável que os torcedores sejam explorados com preços exorbitantes que ferem os princípios de acesso democrático ao esporte. não podemos tolerar a prática de abusos que prejudicam os consumidores e desrespeitam a legislação vigente. Estamos vigilantes e vamos garantir que os direitos dos cidadãos sejam protegidos com rigor”, disse Mário.
Além de usar a parte “moral” do confronto para justificar o alto valor das entradas, o CEO do Amazonas afirma que a estratégia é fazer com o que o torcedor da Toca da Onça não apenas assista ao espetáculo, mas passe a contribuir com o dia a dia do clube através do plano de sócio. A questão é que, com a postura adotada, a única coisa que Roberto conseguiu, até o momento, foram reclamações e notificações.
“Esperamos que o torcedor consiga aderir ao sócio ou, se ele quiser participar apenas de um espetáculo e não quiser se comprometer com o clube, ele paga um valor um pouco maior para ver o Flamengo, que é um valor justo, uma vez que o Flamengo não vai ao estado há 50 anos. O estádio pode estar vazio, mas que esteja vazio de flamenguistas e que os amazonenses sejam maioria”, pontuou Peggy.
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Independente da restrição de 10% do estádio aos rubro-negros, que inclusive é lei no futebol brasileiro, é bem verdade que Manaus vai parar para acompanhar o Flamengo, seja dentro da Arena da Amazônia, ou fora dela. A equipe desembarcou no estado sob alto fluxo de torcedores e muita expectativa.
Outro fator que vale destacar é que ainda este ano o Fla foi a Manaus, quando enfrentou o Audax, pelo Campeonato Carioca. Na ocasião, mais de 44 mil pessoas marcaram presença na Arena da Amazônia, e a partida teve uma renda de R$ 6.574.690,00, com ingressos entre R$ 150 e R$ 600. Ou seja, até o próprio argumento do CEO sobre o ‘Flamengo não vai ao estado há 50 aos’ caiu por terra.
Com polêmicas fora de campo, mas uma expectativa de jogo tranquilo e sem reclamações dentro das quatro linhas, Flamengo e Amazonas se enfrentam nesta quarta (22). A bola vai rolar às 21h30 (de Brasília).
O Flamengo tem a vantagem no marcador visto que venceu a primeira partida por 1 a 0, no Maracanã. A partida vale vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil, cujo adversário será definido por sorteio – ainda sem data definida pela CBF.
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