O UOL publicou uma ampla reportagem sobre a atuação de Marcos Braz como vereador e sua tentativa de conciliar a posição com o cargo de vice-presidente de Futebol do Flamengo. O político concedeu uma entrevista em que confirmou que planeja concorrer à reeleição ano que vem, mas não pretende se afastar do cargo no Flamengo.
“Com certeza (vou ser candidato à reeleição). É um processo natural. Eu tenho certeza absoluta que isso não atrapalha em nenhuma função minha no Flamengo ou qualquer outra função que eu tivesse”, afirmou o vereador.
Leia mais: Landim paralisa renovação de Gabigol para dar apoio a Braz em queda de braço
Ele acrescentou que também não acha que o contrário aconteça, que seu cargo não remunerado no Flamengo atrapalhe a função para qual foi eleito e é pago pelo contribuinte carioca.
“Eu não posso achar que o Flamengo atrapalha nada na minha vida. O Flamengo é uma situação que eu amo. Desde garoto sempre fiz política interna no Flamengo e não atrapalhou a minha vida. A minha posição de vice-presidente de futebol do Flamengo? Eu tomo as posições que tiver que tomar. Mesmo que eu tenha que ser prejudicado na minha situação de vereador”, disse.
O Conselho Deliberativo do Flamengo vota na semana que vem uma emenda ao estatuto que proíbe políticos com cargo eletivo de disputarem eleições no Flamengo. Ou seja, isso significa que, caso decida se manter vereador, Braz não poderá ser candidato à sucessão de Rodolfo Landim. Entretanto, a emenda não impede que ele mantenha o posto de vice-presidente de Futebol, que é de livre indicação do presidente do clube.
‘Resolvi pelo telefone’, diz Braz sobre briga no treino
Braz comentou o episódio recente em que foi flagrado presidindo uma sessão na Câmara no momento em que o Flamengo vivia uma crise interna com a briga entre Gérson e Varela no treino.
“Eu resolvi tudo pelo telefone. Um evento como esse, claro, foi fora da curva, não foi legal. Mas uma outra situação, 16h, não tem nada a ver. Eu acho que o cara que não tem capacidade de fazer isso não pode ser vice-presidente de futebol do Flamengo. Talvez nem vereador”, afirmou.
Segundo o político e dirigente, quem sai prejudicado com sua vida dupla é apenas a sua família.
“Eu trato isso aqui (a Câmara Municipal) com o maior respeito possível. Eu não tenho nenhum alívio vindo para cá. São momentos diferentes. Já estive no Ninho hoje de manhã, saí, fui pra outra reunião, fui pro almoço do Flamengo e vim aqui ainda presidir a Casa. Quem paga o preço são meus dois filhos e minha mulher, Ana Paula.”
O dirigente ainda exibiu a tradicional falta de autocrítica pelo mau momento atual do Flamengo recorrendo a sucessos de temporadas passadas.
“Ganhei a Libertadores sem ser vereador (em 2019) e ganhei a Libertadores sendo vereador (em 2022)”.