MRN Informação | Yago Martins — O Flamengo segue representando o Rio de Janeiro da melhor maneira possível. Campeão Brasileiro em 2019 e 2020, Libertadores em 2019, e da Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana na temporada passada, o Rubro-Negro vem sendo pioneiro no estado, no entanto, os rivais locais – principalmente o Vasco, estão com dificuldades de seguir o mesmo caminho.
Rebaixado para a Série B, o Cruz-Maltino está com problemas para ir ao mercado, e este fato fez dois ex-jogadores se oferecem para ajudar o clube. Nas redes sociais, o argentino Conca e Leandro Amaral – que se aposentaram após deixar o Flamengo, falaram sobre um possível retorno à São Januário.
Tudo começou quando Conca postou uma foto sem camisa e cavando o retorno para algum time, sem citar o Cruz-Maltino. Leandro Amaral, então, relembrou momentos com a camisa do Vasco, e citou o amigo: “Se ele voltar, eu também volto”. Eles jogaram juntos no Vasco e repetiram a dose no Tricolor das Laranjeiras. Foi aí que Conca respondeu: ”Já imaginou? Seria Fantástico.”
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Leandro Amaral e Flamengo
Em julho de 2010, o então diretor-executivo do Flamengo, Zico, contratou Leandro Amaral apostando na recuperação física e técnica do atleta. Após um mês de treinamento, o ex-centroavante entrou em campo pela primeira vez em agosto, na vitória do Fla por 1 a 0 contra o Ceará. Porém, desde então, não conseguiu ter uma sequência no time titular, e acabou indo para o banco de reservas com a chegada de Diogo e Deivid.
A passagem durou apenas três meses, em outubro, Leandro Amaral rescindiu com o Flamengo e encerrou sua carreira.
Conca e Flamengo
Depois de voltar a brigar pelo título Brasileiro até a reta final de 2016, o Flamengo vivia em êxtase com a torcida, que com a base que permaneceu da última temporada e reforços pontuais, esperava um grande ano de 2017. E logo no dia 3 de janeiro, uma grande notícia: o rubro-negro acertava a volta de Conca ao futebol brasileiro.
O meia chegava por empréstimo do Shangai SIPG, clube ao qual pertencia desde 2015. O vínculo era até dezembro, e o argentino já era esperado no Ninho do Urubu no dia 11 de janeiro. No entanto, a expectativa de sua estreia seria apenas em maio, já que tinha sofrido uma grave ruptura do ligamento cruzado do joelho esquerdo, lesão que o fez passar por cirurgia.
”Conca só passa a receber bonificação do Flamengo a partir do minuto que estrear. Difícil fazer previsão da estreia, mas ele vem para o Brasileiro. Quem sabe em condições de estrear na fase de grupos da Libertadores”, disse o então vice de futebol, Flavio Godinho. O plano, entretanto, não pôde ser bem executado.
Com o então treinador Zé Ricardo, querendo aproveitar o argentino quando estivesse 100% física e clinicamente, Conca defendeu o Flamengo em campo apenas por 27 minutos. O ex-atleta entrou no decorrer das partidas contra Ponte Preta e Fluminense pelo Brasileirão, e frente ao Paraná Clube, na semifinal da Primeira Liga.
Durante entrevista concedida ao canal De Sola, do Youtube, ele revelou chateação por não ter recebido oportunidades e revelou motivo de a passagem não ter dado certo.
“Eu me recuperei, estava me sentindo melhor, mas sempre falavam que precisava de mais alguma coisa fisicamente, mas fiquei bem e não fui aproveitado. Jogava sete minutos em um jogo, em outro apenas dez minutos. Eu falava: ‘Me dá 30 minutos, se eu for mal…’ […] Eu me sentia bem melhor nos treinos, mas a gente precisa jogar. Fiquei chateado, porque eu queria jogar uma vez, não dez jogos seguidos”.
Mesmo com a passagem apagada, o argentino agradeceu o Flamengo por ter apostado em seu futebol.
“Não me arrependo de ter ido para o Flamengo. Quando me machuquei, o Flamengo foi o único clube que abriu as portas para me recuperar. Na China, não tinha estrutura, porque o clube era novo, não tinha nada. Tive que conseguir um doutor para a cirurgia, um fisioterapeuta, tudo. Veio o Flamengo e me ofereceu isso”.
Ao sair do clube, Conca deixou uma boa imagem no Ninho ao distribuir 35 televisões de 49 polegadas, modelo 4k, para pessoas que trabalham no futebol e estão longe das cifras milionárias da bola – como da rouparia, por exemplo.
”Conca é dos melhores. Não pelo bem material, mas porque sempre tratou a todos com respeito”, revelou na época, um dos funcionários.