Inglaterra acolheu (e ganhou) em julho o Campeonato Europeu de futebol feminino de 2022. Esta foi a 14.ª edição da prova, que tem vindo a ganhar cada vez mais relevo dentro de campo – e fora também, naturalmente, com os serviços de apostas desportivas igualmente a disponibilizarem o evento assim como muitas competições de futebol feminino.
Uma breve história do Europeu de futebol feminino
Durante décadas, o futebol foi visto como um desporto de homens com a vertente feminina não reconhecida pela UEFA. A International Ladies Football Association foi criada na Alemanha Ocidental, e foi sob a sua batuta – já junto da federação italiana – que foram organizadas as primeiras competições europeias de futebol feminino por seleções.
Se inicialmente a UEFA demonstrou pouco interesse pelo fenómeno, em 1980 decidiu avançar para a criação do seu próprio Europeu, e assim a história em campo começou com em 1982 com a qualificação para a edição inaugural de 1984.
Inicialmente eram só quatro equipas em prova. O primeiro alargamento – para oito seleções – aconteceu em 1997, o terceiro em 2009 dotando o Euro feminino de 12 equipas e, por fim, em 2017 começaram a ser 16 as seleções qualificadas.
Até 1993 houve um playoff de atribuição do terceiro/quarto lugar, mas isso acabou a partir de 1995: tal como na vertente masculina, o terceiro lugar é dividido pelas semifinalistas derrotadas.
Até aos dias de hoje, a Alemanha lidera as conquistas, com oito em 14 possíveis. Um total de 19 nações ou países já se qualificaram pelo menos uma vez para o Europeu de futebol feminino – incluindo Portugal que se estreou em 2017.
As melhores equipas
Alemanha na frente
A Alemanha é o país mais bem-sucedido de sempre no Europeu de futebol feminino. Até hoje, conseguiu já oito títulos – em 1989, ainda como Alemanha Ocidental, em 1991 e depois seis consecutivos entre 1995 e 2013.
Curiosamente, só duas vezes é que a Alemanha chegou às semifinais e não conseguiu ser campeã. O único segundo lugar que registou foi o deste ano, ao perder na final contra Inglaterra. Apenas em quatro ocasiões não houve presença germânica no jogo decisivo.
Fora do Europeu, a Alemanha foi campeã do mundo em 2003 e 2007 e campeã Olímpica em 2016. Assim como no futebol masculino, é uma das grandes potências do futebol mundial.
Noruega
No quadro de honra do Euro feminino, depois da Alemanha, surge a Noruega. Foi campeã em duas ocasiões, sendo a única até hoje a pelo menos dobrar a conquista.
O primeiro título norueguês remonta a 1987, quando foi a primeira anfitriã fixa da prova, e o segundo foi em 1993. Para além disso, perdeu quatro finais – ficando, por isso, em segundo lugar quatro vezes – e foi considerada terceira classificada em três edições.
Campeã Olímpica em 2000, a Noruega conta ainda com um título mundial alcançado em 1995.
Países Baixos
Os Países Baixos estão a tornar-se uma das melhores equipas do Europeu de futebol feminno apenas nas edições mais recentes.
A formação neerlandesa foi campeã pela primeira vez em 2017, quando foi igualmente anfitriã. Na altura, bateu a Dinamarca por 4-2 no jogo decisivo.
A vice-campeã mundial em título apenas se estreou nos Europeus femininos em 2009, chegando logo ao terceiro lugar nesse ano. Só em 2013 não se qualificou para a fase a eliminar, numa verdadeira ascensão meteórica do futebol feminino nos Países Baixos.
Suécia
A Suécia é uma das referências no futebol feminino, e isso estende-se ao Campeonato Europeu.
Na edição inaugural, a equipa sueca conseguiu o seu único título. Desde então, conseguiu chegar às semifinais por mais oito vezes e foi vice-campeã em três ocasiões. O mais precocemente que foi eliminada foi nos quartos-de-final em 2009 e 2017.
De referir que a Suécia também foi medalha de Prata nos últimos dois Jogos Olímpicos e em 2003 sagrou-se vice-campeã do mundo.
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