O árbitro Marcelo de Lima Henrique participou do “Charla Podcast” e comentou sobre a dificuldade de lidar com jogadores mais fervorosos, que reclamam a todo momento. Gabigol, do Flamengo, é um dos jogadores mais conhecidos por ter esse comportamento, e o juiz explicou como se deve lidar com o camisa 9.
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“É um jogador muito sanguíneo, né. É um jogador muito mental, muito sangue. Se você reparar, por incrível que pareça, eu vi um pouco do jogo ontem (do Flamengo, na Conmebol Libertadores) e eu liguei na hora que ele estava tomando cartão amarelo, e logo em seguida ele fez uma falta. Você viu como o semblante dele mudou? Tem jogador que precisa tomar o cartão amarelo para jogar bola. Tem jogador que precisa ter um limite. É um grande jogador, que também, nunca tive problema com ele. Tem o jeito dele de jogar, tem a resenha dele como outros têm. Tem piores. Tivemos piores pelo caminho. É um jogador que gosta muito de estar com a arbitragem, dialogar. Tem jogador que joga dialogando com o árbitro, tem outros que dialogam para o bem, outros para o mal, outros que querem ganhar vantagem, outros que nem falam com você. Adriano Imperador eu nem ouvia a voz. Loco Abreu, lá de longe, é um jogador difícil. Ele falava de longe e eu falava ‘vou ficar longe deste cara’, não tinha ideia. Se ele falava contigo, aí ele aumentava o tom. Eu vou me distanciar deste cara, senão eu vou ter que tirá-lo, e eu não estou aqui para tirar o craque. Não estou aqui para isso”, explicou Marcelo.
Juiz diz que Renato Abreu, do Flamengo, era um dos mais difíceis de lidar
O árbitro ainda definiu os jogadores mais difíceis de lidar com quem já trabalhou. Pelo lado do Flamengo, ele ressaltou que Renato Abreu era um dos mais complicados.
“O Loco Abreu foi muito difícil, Renato Abreu, do Flamengo. Juninho Pernambucano, no final de carreira, a torcida não sabe disso. Foi muito difícil, muito difícil. Era aquela resenha ao pé do ouvido. Felipe, do Vasco, era difícil”, afirmou.
Marcelo explicou a importância de manter a cabeça no lugar e saber se portar diante da pressão de um atleta.
“É um jogo mental. Você tem que entrar na mente do cara para saber ‘pô, peraí, não estou aqui para impor a minha vontade’. Então tem jogadores difíceis pelo caminho, mas a gente sabe lidar”, completou.