O ataque de Ângela Machado, diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, desferido aos nordestinos, pode causar enorme prejuízo na relação entre BRB e Flamengo. Isso porque o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) viu possível infração ao contrato do banco com o Rubro-Negro.
Em nota publicada em seu site no último dia 03, o MPDFT cobrou explicações ao BRB diante da situação envolvendo a diretora do Flamengo. Além disso, o órgão deu um prazo de 20 dias para o banco retornar a solicitação, ou seja, até o próximo dia 23.
“O objetivo é verificar se houve violação de cláusula contratual que diz respeito a não adoção ou apoio de práticas de discriminação negativa e/ou injuriosa, relacionada à raça, cor, sexo, religião, orientação sexual, origem ou qualquer outra característica pessoal de seus profissionais”, diz um trecho da nota.
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Vale lembrar que o BRB recebe recursos públicos do DF e já tem um procedimento administrativo instaurado desde 2020. Nele, o MP verifica a regularidade de tudo o que cerca a parceria entre o banco e o Flamengo.
Atualmente o BRB paga cerca de R$ 32 milhões anuais ao Flamengo pelo patrocínio master do clube. Além disso, o banco tem diversas outras ações com o Mais Querido, gerando números positivos para ambos. Portanto, a confirmação de quebra de contrato devido aos ataques de Ângela Machado aos nordestinos seria extremamente prejudicial ao Rubro-Negro.
Relembre o ataque feito pela diretora do Flamengo aos nordestinos que pode prejudicar parceria com BRB
Após saírem os resultados oficiais da eleição que definiu Lula (PT) como novo presidente do Brasil, a diretora Ângela Machado fez uma postagem atacando os nordestinos. Na região houve absoluta predominância na preferência pelo petista.
“Ganhamos onde produz, perdemos onde se passa férias. Bora trabalhar porque se o gado morre, o carrapato passa fome”, dizia a publicação feita pela diretora do Flamengo.
Um dia depois, Ângela foi defendida por Rodolfo Landim, presidente do clube e seu esposo. Em entrevista, o dirigente salientou o trabalho social realizado pela diretora e amenizou a declaração.
Enquanto o BRB não se posiciona diante das falas da diretora do Flamengo, a mesma deve responder em dois processos. Um deles feito pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e outra pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).
À reportagem do GE, o Flamengo informou que não vai se posicionar, enquanto o BRB não respondeu.
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