No canal Barbaridade, gerente jurídico do Flamengo falou sobre novas regras de transmissão e possibilidades de streaming no futebol.
Galdeano falou sobre as regulamentações que regem os direitos de arena antes da publicação da Medida Provisória assinada por Jair Bolsonaro. Segundo o advogado uma emissora devia entrar em comum acordo com ambos clubes envolvidos na partida.
Com a MP, o detentor do direito da transmissão passa a ser o mandante da partida. E nos casos de jogos decisivos sem mandante, seria necessário um acordo entre os dois clubes.
O gerente explanou um breve panorama histórico, explicando como as transmissões das partidas movimentaram a lógica do patrocínio dos clubes no futebol. No entanto, Galdeano ressaltou que o novo modelo não é uma novidade no esporte.
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A MP tem força de lei, tendo duração de 60 dias, para depois ir ao Congresso Nacional para votação. E defendeu que o formato de Liga para os clubes do Brasil seria o ideal, justamente para debater questões em coletivo como essa. Nesse sentido, a medida já possui validade enquanto estiver nesse prazo de vigência.
Para a primeira partida entre Flamengo e Bangu, a rede Globo se recusou a fazer a transmissão alegando questões de segurança de seus profissionais, mas por ordem contratual a emissora teria essa possibilidade.
Possibilidades do Streaming
Sobre streaming, os campeonatos da atual temporada não se encaixariam no formato por questões contratuais já estabelecidas entre clubes e emissoras. A partir de 2021 os clubes passariam a ter poder de negociação, e que o streaming seria uma opção viável.
Galdeano enxerga a transmissão online como o futuro do esporte, dando maior liberdade aos times que dependem das emissoras para suas receitas. Dependência essa muitas vezes causada pelo adiantamento de tais receitas.
O advogado reforçou, sobretudo, que tal mecanismo com cada clube transmitindo através de seus canais, vendem diretamente obtendo a principal renda, no caso a dos patrocinadores.
As partidas da Conmebol transmitidas unicamente pelo Facebook reforçam o crescimento desse campo, além de um publico considerável que consumiu a Copa do Mundo pelo Twitter também pelas possibilidades de interação. O streaming facilitaria para analise de audiência e de marketing regionalizado.
A Globo vai correr atrás nesse cenário, segundo Galdeano, para se adaptar as múltiplas realidades dos espectadores. A tendência é uma formação de uma liga para facilitar as negociações desse setor.
Além disso, Galdeano apontou que o calendário não seria alterado com essas mudanças, e nem impactaria economicamente as federações. E lembrou que a MP não regula patrocínio, mas que a lei Pelé veta anunciantes televisivos.
Quanto ao Flamengo…
Todavia, diante do contrato firmado entre o Flamengo com a Globo até 2025 no Brasileirão, não haveria possibilidade de Streaming, somente em caso de quebra de contrato. E apontou que a possibilidade de vendas de assinatura pela FlaTV dependeria do setor de Marketing.
Em conclusão, quanto ao Flamengo transmitir a próxima partida contra o Boa Vista, Galdeano afirmou que haveria possibilidade de atrito, pois mesmo com o clube embasado na MP, a Globo poderia alegar que detém exclusividade de transmissão do Campeonato Carioca.
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