Analista do MRN aponta semelhanças entre Flamengo de Sampaoli e Palmeiras de Abel

Flamengo e Palmeiras vêm rivalizando nos últimos anos e se revezando nos principais títulos do país e do continente. No entanto, o estilo de jogo das equipes está mais próximo do que os torcedores imaginam. A equipe de Abel Ferreira tem o selo de reatividade atestado pelos espectadores, enquanto o Flamengo tende a ter fama mais ofensiva. Mas quando o assunto é, principalmente, se defender, existem semelhanças.

É o que opina Douglas Fortunato, analista tático do MRN. Em seu perfil, ele explica que desde o início da era vencedora do Flamengo, o time jamais foi tão parecido com o Palmeiras.

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“Vou trazer uma opinião que acredito que vai gerar reflexão: O atual Flamengo de Sampaoli se parece muito com o Palmeiras de Abel em vários aspectos. É claro que existem diferenças no trabalho, mas no recorte desde 2019, nunca os dois clubes foram tão parecidas no forma de atuar”, inicia Douglas, antes de continuar:

“No ataque, apesar do portugês não dar tanto valor a posse, buscando muito o jogo pelo corredor lateral e direto, na defesa, as equipes são parecidas. Em especial pela opção do chileno em ser mais agressivo sem bola. Ainda assim, o Fla conseguiu atuar bem em bloco baixo com o argentino”.

Analista tático do MRN destrincha opinião tática sobre Flamengo e Palmeiras

A pedido da Redação, Douglas Fortunato se aprofunda no tema e explica com maior exatidão as semelhanças de Flamengo e Palmeiras. Assim, ele admite que as equipe têm diversas diferenças defensivas, mas jogando sem a bola, tem uma semelhança central: o fechamento dos espaços laterais.

“Acredito que sem bola as equipes têm mais diferenças. Abel prefere muitas vezes encaixes individuais e o Sampaoli uma marcação por zona. Todavia, ambas as equipes buscam proteger bastante os corredores laterais, algo que por exemplo com o Dorival Jr não eram comum”, diz Douglas, antes de complementar: “As principais semelhanças são com bola mesmo. Mas quando o Flamengo está com menos posse e baixa o bloco, vem conseguindo proteger muito bem o lado do campo”.

Para tirar as laterais do adversário, Jorge Sampaoli utilizou muito Gerson e Matheus França contra o Vasco, por exemplo. Os jogadores são ofensivos e voltam para marcar. A escolha podia ser por um volante, mas não é o que acontece.

“Buscam usar jogadores abertos pelo lado para ocupar o setor. No caso ontem foi Gerson e Matheus França. Esses jogadores baixam bastante para proteger, de modo que em muitos momentos perseguem de forma individual nessa região. Com o Jesus, os jogadores não ficavam tão abertos assim para defender. É algo do jogo posicional”, diz Douglas, antes de explicar que o mesmo acontece no Palmeiras, com Dudu e Artur voltando:

“No Palmeiras isso é até bem mais notório. Em alguns momentos o Palmeiras baixa uma linha de seis com os dois ponteiros atuando como laterais, e os laterais de ofício podendo proteger melhor o espaço entre o lado e o centro do campo”, finaliza.

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