Blog Resenha Rubro Negra | Por Douglas Flanalitic – Twitter: @Flanalitic
Há muitas diferenças entre os trabalhos de Domènec Torrent e de seu antecessor, Jorge Jesus, mas uma que se destaca é de não se utilizar a equipe principal sempre que possível. O técnico português quebrou vários paradigmas no período em que treinou o Flamengo em 2019 e 2020, fato este que não vem se repetindo com o técnico catalão.
As substituições feitas para o jogo diante do Ceará, no Castelão, não surtiram o efeito esperado pelo técnico, e vem deixando a torcida rubro-negra preocupada com as atuações individuais de alguns atletas que chegaram para ser referência, mas que até o momento não conseguiram se firmar. A equipe de Domènec Torrent não consegue encontrar um padrão tático e a consistência que estávamos acostumados a ver.
O início da partida até pareceu ser promissor, com o Flamengo a frente das principais ações ofensivas, utilizando uma marcação sob pressão e levando perigo ao time do Ceará. Porém o posicionamento de algumas peças dentro de campo já incomodava boa parte da torcida, sendo mais evidente o posicionamento de Éverton Ribeiro jogando centralizado, Com Michael e Vitinho jogando aberto pelas pontas. O posicionamento centralizado de Éverton Ribeiro acabou tirando o jogo em profundidade que o meia sabe fazer muito bem, sem contar na aproximação ofensiva e nas jogadas de triangulação com Gabigol e Isla pelo lado direito. Michael e Vitinho não deram a mesma dinâmica e o time ficou engessado com a péssima atuação da dupla.
Outro setor que não vem funcionando é o defensivo. A dupla de zagueiros Léo Pereira e Gustavo Henrique não consegue se encontrar, cometem erros primários, e proporcionam ao time adversário jogadas de enorme perigo. É inaceitável a quantidade de gols através de bolas alçadas na área que o Flamengo vem tomando. São erros de posicionamento dos zagueiros em conjunto com a falta de apoio na marcação dos laterais e volantes, que permitem o avanço em bloco da equipe adversária.
Diante do Ceará a equipe voltou a falhar e tomar gols de bolas alçadas na área. Os 2 gols da equipe cearense foram originados de bolas cruzadas pelo lado esquerdo de defesa do Flamengo. No primeiro gol – originado de um escanteio – o zagueiro cearense subiu entre Léo Pereira e Gustavo Henrique para cabecear livre, de certa forma até sem dificuldades para abrir o marcador. Já no segundo gol, com bola rolando, o espaço dado para o cruzamento foi assustador, bem como a liberdade do volante Charles para escorar o cruzamento e dar números finais à partida.
Fato é que com o rodízio de Domènec a equipe não está conseguindo repetir boas atuações e vem sofrendo para criar oportunidades efetivas. Os adversários aos poucos estão perdendo o medo de atacar a equipe Rubro-Negra, e tendo sucesso nas investidas diante de uma defesa frágil. A torcida, mesmo longe dos estádios, ainda não tem plena confiança no trabalho do novo técnico, que por sua vez, vem se atrapalhando em suas escolhas e se complicando dentro do campeonato.
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