Há 13 anos, enquanto o Flamengo oscilava rumo ao Hexa, o Brasil sentia orgulho e esperança com Rio 2016

O empate sem gols do Flamengo com o Internacional em Porto Alegre não causou lamentação tampouco elogios nas análises sobre este jogo da 26ª rodada do Brasileirão 2009. Como o time rubro-negro estava a 12 pontos de distância do líder Palmeiras, certamente que não era muito razoável acreditar em título. Lutar por uma vaga na Libertadores era o objetivo e a semana prometia.

Isso porque a próxima partida do Flamengo seria contra o Fluminense, que já começava a se recuperar na competição, mas sem tirar o favoritismo daquele time comandado por Andrade. Porém, mas sem causar nenhum espanto, o Fla-Flu de domingo no Maracanã não era o evento mais aguardado na cidade.

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No dia 02 de outubro de 2009, portanto, os brasileiros teriam a oportunidade rara de sentir orgulho de seu país se o Rio virasse a capital dos Jogos Olímpicos de 2016. Dessa vez, o sentimento era diferente da ufania de vitórias de atletas, clubes e Seleções.

Nas areias de Copacabana, um Brasil que tinha esperança no futuro

A catarse coletiva daquela manhã certamente pode ser explicada pelo sentimento inédito de que o mundo podia confiar em nós. O Rio de Janeiro, do Flamengo, do Samba, seria a sede dos Jogos Olímpicos de 2016!

Nas areias de Copacabana, um urro visceral coletivo explodiu nos corações verdes, amarelos, vermelhos e pretos. As imagens dessa alegria irrepreensível representam ainda mais aquele momento histórico tão especial. De quando o mundo percebeu que sem a fome e a miséria seculares de seu povo, o Brasil inegavelmente tinha se tornado um gigante fortalecido.

E em um futuro próximo, este 02 de outubro de 2022 também estará nos livros de história por conta da realização de uma das eleições presidenciais mais importantes da história do país. Neste domingo, o povo brasileiro tem tudo para decidir se deve começar outro ciclo, este com mais paz, respeito e esperança, como há 13 anos.

E quanto ao Flamengo de 2009? Bem, o prezado leitor do MRN a conhece como a palma de sua mão.

Diogo Almeida é editor do Mundo Rubro Negro. Gosta de escrever teses não convencionais sobre o Flamengo. Siga no Twitter.