A verdade sobre a rescisão de contrato entre Nike e Flamengo

Nos anos 2000, o Flamengo teve a Nike como parceira de fornecedora de materiais esportivos. Entretanto, a relação acabou de uma forma melancólica. Quem conta a história é Ricardo Hinrichsen, então vice-presidente de marketing do Rubro-Negro na ocasião. A Nike deixou o Fla em 2009 para a entrada da Olympikus.

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“Me lembro que quando cheguei, tinha uma negociação com a Lojas Americanas. Nosso foco era abrir um espaço de produtos oficiais do Flamengo em cada loja em território brasileiro (…) Fui para a reunião com o pessoal da Nike feliz da vida, mas para minha surpresa a resposta foi que não podia acontecer porque a loja tinha um perfil popular”, revelou Hinrichsen durante o programa BarbaCast.

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Além da dificuldade de torcedores do Flamengo comprarem os produtos do clube, os próprios jogadores sofriam na mão da Nike.

“Quem sou eu para discutir a estratégia da Nike? Disse a eles que não ia discutir, mas tinha que resolver meu problema. Falei: ‘Se vocês são assim, não vale a pena ter parceria com um clube de perfil popular’ (…) Também tínhamos problemas de entrega de material. Já aconteceu de roupeiro do Flamengo cortar uniforme de manga cumprida para termos a quantidade total de camisas”, lamentou.

Gota d’água e saída da Nike do Flamengo

“Havia um problema grave na produção. Essas grandes marcas não possuem produção própria. É totalmente terceirizada por outras fábricas. Mas não é simples de fazer, demanda uma gestão em cima. Essa gestão não estava sendo feita. Por isso acabamos sendo procurados pela Olympikus”, finalizou o ex-dirigente.

Com a Nike, o Flamengo recebia por ano cerca de R$ 7 milhões. Por outro lado, o Mais Querido começou a faturar R$ 21 por temporada sendo vestido pela Olympikus. A empresa brasileira permaneceu de 2010 até 2013, ano em foi substituída pela Adidas.