Fabiano de Morais | Twitter @BobdeMorais
Flamengo está novamente diante de mais uma troca de técnico, desta vez o escolhido é Oswaldo de Oliveira. Não quero entrar no mérito se foi boa ou ruim a escolha, só o tempo dirá se houve acerto ou não.
O que fica claro com tantas trocas de comando no futebol, seja por técnicos ou dirigentes é que o planejamento não vem sendo bem feito. Depois de um 2014 em que o clube mais uma vez teve como objetivo principal se manter na séria A (já tinha sido assim em 2013) o que se imaginava era um ano de 2015 mais tranquilo, principalmente com aumento significativo de investimento na montagem do elenco.
Infelizmente, mais uma vez houve erros graves no planejamento. Enquanto a maioria dos clubes montavam seus elencos em dezembro/janeiro, Flamengo seguia pouco ativo no mercado, contratando jogadores de pouca expressão, e renovando de forma pouco criteriosa alguns contratos como do zagueiro Wallace – que tinha feito uma péssima temporada em 2014 -, assim como de Anderson Pico, por incríveis 2 anos, não levando em conta o histórico desse jogador. Sem contar alguns atletas oriundos da base que pouco jogaram no profissional e que jamais tiveram grande destaque.
O resultado disso parece meio que óbvio, enquanto grande parte das equipes chegam para disputa do Brasileiro com 4 meses de preparação, realizando pequenos ajustes antes de iniciar o campeonato, Flamengo sofre tendo que montar mais uma vez o time dentro da competição.
Sinceramente, gostaria de entender o que faz o clube por 3 anos seguidos utilizar a mesma fórmula de planejamento. Os resultados são sempre os piores possíveis e a culpa recai sempre sobre o treinador. Se for para ter o mesmo desempenho, não vejo razão para onerar ainda mais o clube com um executivo de futebol, cujos resultados até agora não foram vistos. É preciso analisar de forma objetiva o custo benefício de um executivo no futebol com a atual modelo gestão, em que as decisões são tomadas por um colegiado.
Presidente EBM tem feito um trabalho notável na recuperação financeira e de credibilidade do clube, mas é preciso mudar os rumos do futebol. Torcedor abraçou a causa, mas até quando?