MRN Informação | Yago Martins — Em um final de semana decisivo em que o Campeonato Brasileiro está em sua reta final, o técnico Rogério Ceni, foi entrevistado pelo programa Esporte Espetacular, da TV Globo. Na conversa com os jornalistas, o atual treinador do Flamengo citou a diferença entre trabalhar no Mais Querido e no São Paulo, despistou sobre seu futuro no clube da Gávea, e também projetou sobre escalar Pedro e Gabigol juntos.
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Flamengo e São Paulo
”Eu trabalhei no São Paulo durante tantos anos e é um clube de massa, de presença do torcedor. Mas aqui, assim, é uma atmosfera diferente. Ser Flamengo… Primeiro, eu não tenho um conhecimento muito grande do Rio de Janeiro. Tinha menos ainda antes de vir morar. Mas você vê que isso é uma razão de vida, principalmente essa parte da cidade onde existe uma pobreza maior, onde a única vitória que muita gente tem aqui é a vitória do Flamengo”.
Fica no Flamengo no fim da temporada?
”Aqui, temos que viver o momento. E o momento é o mais importante que existe. Estamos focados muito, nem no São Paulo, muito no Internacional. Porque só vai existir o jogo do Morumbi se vencermos o Inter no Maracanã. Se eu disser para você que há tempo para pensar no futuro, o que vai ser, vencendo ou não vencendo, eu preciso fazer que a vitória de domingo aconteça. Aí, a partir de segunda-feira ou de domingo à noite, acontecendo a chance de ser campeão, vamos pensar no São Paulo Futebol Clube. Não há tempo para pensar no futuro distante. No futebol, não pode pensar muito no futuro. Tem que focar realmente no presente. O passado está feito, o futuro é uma incerteza, mas o presente é uma oportunidade que temos de sermos campeões.”
Pedro e Gabigol atuando juntos
”Concordo que o Pedro é extremamente talentoso. É um jogador com uma habilidade incrível frente a área, distinto do Gabriel. O Pedro é um jogador mais de referência. Acho que foi contratado até para encaixar bem. Por exemplo, o Michael foi contratado para o um contra um pelo lado, o Pedro foi contratado para ser um jogador de referência já que o Gabriel é de mais mobilidade. Tenho treinado ultimamente os dois juntos para trabalhar em certas ocasiões do jogo. Acho que tem que existir um comprometimento cada vez maior deles na parte tática do jogo. O talento é indiscutível. É claro que você tem encontrar alternativas, mas também tenho que encontrar para ter o Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gérson, Diego, Arão… Tenho que encontrar alternativas para todos, né?
Assim, a princípio, acho o time bem encaixado da maneira que ele joga, mas nada impossível usar Pedro e Gabriel em determinado momento do jogo, usar Pedro como referência em um momento do jogo. Claro que não gostaria de deixar o Pedro no banco, mas para colocá-lo eu tenho que tirar o Everton, o Arrascaeta… Não cabem 12. Nós temos que jogar ainda com 11. Tento todos os dias encontrar uma forma para que ele tenha mais minutos em campo, porque é um jogador talentoso e todo mundo gosta de ver os jogadores com mais talentos. Mas repito: do meio para frente, especialmente, tem jogadores de um contra um interessantes. Não é fácil, a concorrência é muito grande.