O clima está quente entre Flamengo e Fluminense. No decorrer dos últimos dias, os clubes se envolveram em polêmicas nos tribunais em busca de direitos de transmissão, e no gramado muita provocação aconteceu na final da Taça Rio. Além de tudo isso, desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus, o Mais Querido em parceira com o Vasco, buscava o retorno aos treinamentos, enquanto Flu e Botafogo eram contra a volta. No entanto, engana-se quem acha que este cenário sempre foi assim. Há cinco anos, tudo era completamente diferente.
- Sofascore destaca números de Wesley com liderança importante
- Zico fará Jogo das Estrelas no Japão em 2025
- Meia do Internacional deve enfrentar o Flamengo no sacrifício
- STJD: Alcaraz está livre para jogar, mas Braz é suspenso e perde fim do Brasileirão
- Flamengo x Internacional: Rochet projeta dificuldades no Maracanã
Em 2015, a dupla Fla-Flu travavam um duelo contra a Ferj, devido aos valores dos ingressos, regulamento e outros assuntos relacionados ao Campeonato Carioca. No lado da Gávea, Vanderlei Luxemburgo chegou a ser punido com dois jogos de suspensão ao criticar o regulamento da competição. Nas Laranjeiras, Peter Siemsen foi indiciado por se mostrar contrário às decisões da federação.
Revoltado com a punição, Luxa na época foi a uma coletiva de imprensa no Ninho do Urubu, com uma mordaça em protesto a Ferj: ”Não vão me calar, meu movimento vai continuar, se quiserem me tirar do Campeonato, se quiserem me tirar do Carioca, que me tirem, se querem fazer isso de forma arbitrária e sem nenhum embasamento, que façam. Não vou me posicionar mais, mas não vão me calar. Só vão me calar quando colocar isso aqui”. Dias depois, em solidariedade ao então técnico do Flamengo, as equipes se enfrentaram no Maracanã, e perfilados realizaram um protesto tapando a boca com as mãos. Na partida, o Fla venceu por 3 a 0. Relembre os gols.
Era frequente os presidentes de Flamengo e Fluminense darem entrevistas juntos, em canais de televisão. Em uma concedida à ESPN, outras críticas direcionadas a Ferj foram feitas.
”Não podemos aceitar essas ordens, o futebol carioca precisa de mudanças, queremos unir todos os clubes”, esbravejou Eduardo Bandeira de Mello, presidente na ocasião do Mais Querido.
“Infelizmente mais uma vez tivemos que participar de um Campeonato que muda de regulamento durante a competição. Os clubes precisam se unir, seguir os exemplos de Flamengo e Fluminense para que a gente consiga modificar a disputa da competição no ano que vem“, afirmou o então presidente do Tricolor das Laranjeiras, Peter Siemsen.
O desentendimento com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro durou mais um ano, quando em parceria com as equipes de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, a dupla Fla-Flu criou a Primeira Liga, que durou apenas duas edições. Em 2016, o Fluminense foi o campeão contra o Athletico-PR, e na temporada de 2017, o Londrina na final venceu o Atlético-MG.
Oficialmente, o principal motivo que os criadores da Primeira Liga explicam para o fim da competição, seria o calendário do futebol brasileiro. Eles entendiam que já existiam muitas competições em andamento, e o acréscimo de mais um torneio superlotaria ainda mais o ano dos clubes.
Créditos de imagem destacada: Reprodução