Na última quinta-feira, o Flamengo anunciou a chegada do paraguaio Piris da Motta, o terceiro e último reforço da equipe para a metade final da temporada. O volante, de 24 anos, foi contratado junto ao San Lorenzo para ser uma opção na ausência de Gustavo Cuéllar, o dono da posição no esquema de Barbieri com apenas um meia marcador.
Entretanto, se repetir o retrospecto de alguns de seus conterrâneos no Rubro-Negro, tanto de jogadores quanto de técnicos, Piris será muito mais que apenas um “reserva de luxo”.
Modesto Bria
O também volante Modesto Bria marcou história no Flamengo. Fez 369 jogos pelo clube e foi um dos destaques do primeiro tricampeonato carioca do clube (1942/1943/1944). Ele tinha a disciplina tática como principal trunfo. E essa característica acabou lhe sendo muito útil quando virou treinador.
Na função de técnico, teve cinco passagens pelo Flamengo, onde comandou a equipe profissional em 84 jogos (47 vitórias, 16 empates, 21 derrotas). A última foi no mágico ano de 1981 (17 partidas).
Francisco Reyes
Símbolo maior de raça e categoria no meio-campo e, posteriormente, na zaga do Flamengo. Reyes fez parte de um período conturbado e pouco vitorioso da história rubro-negra, o fim dos anos 60 e início dos 70, no qual Fluminense e Botafogo eram as principais potências do futebol carioca. A técnica exuberante e valentia incansável do zagueiro o transformaram no grande jogador do Mais Querido naqueles anos.
O paraguaio apresentava um perfeito senso de antecipação e cobertura. Saía jogando da defesa para o meio com classe e tranquilidade, sem nunca recorrer ao chutão. Iniciava jogadas de ataque com lançamentos perfeitos. E ainda era bom no jogo aéreo. Em 1970, foi eleito o melhor jogador da posição pela revista Placar.
Manuel Freitas Solich
O “Feiticeiro” mestre da tática e revelador de talentos por trás do tricampeonato carioca de 1953-54-55, Freitas Solich teve quatro passagens pelo Flamengo e comandou a equipe profissional em 526 partidas (306 vitórias, 111 empates, 109 derrotas). É o segundo treinador que mais vezes comandou a equipe na história, perdendo apenas para Flávio Costa (776 jogos).
símbolo maior de raça e categoria no meio-campo e, posteriormente, na zaga do Fla. Ele fez parte de um período conturbado e pouco vitorioso da história rubro-negra, o fim dos anos 60 e início dos 70, no qual Fluminense e Botafogo eram as principais potências do futebol carioca. A técnica exuberante e valentia incansável do zagueiro o transformaram no grande jogador do Mais Querido naqueles anos.
Sinforiano García
Goleiro de alta técnica e capaz de fazer defesas arrojadas, García também foi peça importante na conquista do do tricampeonato carioca de 1953-1954 e 1955 (sendo titular nos dois primeiros títulos), junto com seus compatriotas Benitez e Fleitas Solich.
Jorge Benítez
Jorge Benítez foi um ponta-de-lança que atuou pelo Flamengo entre 1952 e 1956 – brilhando especialmente nos três primeiros anos de sua passagem – e que se destacava pela raça, ímpeto e valentia com que enfrentava os zagueiros, e pelo faro de gols (74 em 114 jogos). Em 1953, eternizou seu nome sendo artilheiro do Campeonato Carioca de 1953, na conquista do título que deu início ao segundo tri da história do Rubro-Negro.
Carlos Gamarra
Um dos grandes zagueiros da história, Gamarra chegou ao Flamengo em 2000, e fez apenas 30 partidas pela equipe. Entretanto, foi tempo suficiente para levantar duas taças, na Copa dos Campeões e no Carioca, ambas em 2001.
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O Paraguai é o segundo país vizinho que mais cedeu jogadores ao Rubro-Negro (11), perdendo só para a Argentina (31). Além dos nomes citados, outros seis paraguaios passaram pelo Flamengo: Severo Rivas (1945-1946), Carlos Monín Garcia (1960), Juan Daniel Cáceres (1998), César Ramírez (2005–2006), Diego Gavilán (2008) e Victor Cáceres (2012–2015).
Embora não tenha conseguido uma trajetória de sucesso como seus conterrâneos listados, vale uma menção honrosa ao Víctor Cáceres, o último paraguaio que jogou no Flamengo, antes da chegada do também volante Piris da Motta. O “Pé de Pano”, como popularmente era chamado, fez 90 jogos pela equipe. Longe de ser um jogador de técnica exuberante, ele compensava suas limitações com muita raça.
Imagem destacada nos posts e nas redes sociais: divulgação
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