O Flamengo foi à Colômbia enfrentar o Santa Fé, no Estádio El Campín, na quarta-feira (25), pela quarta rodada da Libertadores e fez uma de suas piores apresentações do ano. Falho na parte técnica e tática, o Rubro-Negro não levou perigo ao gol adversário em qualquer momento do jogo. Contrariando as expectativas da torcida, o Mais Querido em vários momentos deixou claro sua preferência pelo empate para, na próxima rodada, ser obrigado a vencer o Emelec em casa com a ajuda da Nação, podendo garantir a classificação caso o River vença a equipe colombiana, na quinta rodada.
O jogo teve pouquíssimas chances de gol. As únicas oportunidades para balançar as redes por parte do Flamengo foram em lances que o juiz já tinha interrompido a partida: uma finalização para fora de Marlos Moreno, após cruzamento de Geuvânio depois da bola sair e o polêmico gol de Geuvânio, quando o juiz já tinha encerrado o jogo logo após o atacante roubar a bola e sair na cara do gol.
ATUAÇÕES
Diego Alves – Pouquíssimo trabalho. Ao menos tentou sair jogando sempre que havia opção. Nota: 6.
Rodinei – No primeiro tempo tentou subir ao ataque, mas com pouca efetividade. Na segunda parte ficou preso na defesa, ao menos o Santa Fé não conseguiu criar pelo seu lado. Nota: 5.
Rever – Fez a sua parte e não deixou nenhum espaço para o perigoso Morelo. Nota: 6,5.
Juan – Só perdeu a disputa uma vez pelo alto, no primeiro tempo, na melhor chance do Santa Fé. Nota: 6.
Renê – Errou muito no primeiro tempo, principalmente na saída de bola. Já no segundo ficou vendido algumas vezes por não ter cobertura ou estar sempre no mano a mano com o veloz Plata, mas ainda assim venceu mais do que perdeu suas disputas. Nota: 6.
Cuéllar – Fez a sua parte na proteção na frente da zaga e distribuiu a bola quando havia opção para tal. Nota: 6.
Willian Arão – Mais uma partida em que não aparece na parte defensiva e também fez muito pouco na ofensiva. Sua baixíssima efetividade sobrecarregou Cuéllar e Diego. Nota: 2.
Diego – O camisa 10 sofre com dois fatores: nem de longe lembra a técnica e a visão de jogo do atleta que chegou à Gávea em 2016 e, com Arão em campo e Paquetá na ponta, fica sozinho no setor de criação, muitas vezes sem opção para dialogar. Acaba que um fator reforça o outro e Diego não consegue produzir qualquer lance de perigo seja na frente ou com toques em profundidade vindo de frente para o ataque. Nota: 3.
Paquetá – Foi o único que conseguiu dominar a bola da intermediária para frente e deu prosseguimento à jogada. Os poucos lances que o Flamengo chegou perto do gol tiveram sua participação. Nota: 7.
Vinicius Junior – No primeiro tempo levou vantagem sobre seu marcador, mas não conseguiu dar sequência às jogadas. Já no segundo tempo caiu de produção e foi substituído. Precisa aprender a voltar para marcar. Nota: 4.
Henrique Dourado – O único jogador de frente que mostrou disposição para marcara a saída de bola do Santa Fé, porém a pouquíssima produção ofensiva do Flamengo o relegou a apenas trombar com os zagueiro sem nenhuma chance de gol, nem ao menos para finalização. Nota: 5,5.
Geuvânio – Apareceu mais na zaga, ajudando na marcação pelo lado direito do que pelo ataque. No último lance teria feito o gol da vitória, mas o árbitro escolheu encerrar o jogo no momento em que o atacante dominou a bola e ia em direção ao gol. Nota: 4.
Marlos Moreno – Correu bastante, mas com quase nenhuma opção para passe nada conseguiu fazer. Nota: 4.
Jonas – Pouquíssimo tempo em campo. Sem nota.
Barbieri – Claramente colocou seu time em campo pensando na busca pelo empate, apostando todas as fichas no duelo contra o Emelec, em casa, na próxima rodada. Tratando-se da atuação em si, a impressão é que a cada jogo o Flamengo piora. Sua equipe está cada vez mais desconexa, com setores cada vez mais espaçados e pouca ou quase nenhuma movimentação, o que consequentemente leva a uma produção mais baixa a cada jogo. Nota: 1.
Imagem em destaque: Gilvan de Souza / Flamengo