Para quem pensava que o caso Hernane já tinha se encerrado, equivocou-se. Ao contrário do esperado, o Al Nassr descumpriu com sanção da FIFA e não pagou o Flamengo pela compra do jogador. Rubro-negro aguarda posicionamento da FIFA.
No dia 15 de setembro, a entidade máxima do futebol definiu que o clube árabe pagasse 3 milhões de euros referente à compra do “Brocador” em 2014. O prazo estipulado foi de até 13 dias, ou seja, a equipe saudita deveria pagar o Fla até o dia 28 do mesmo mês. Pois não pagou.
Dias após o prazo, o MRN apurou e conseguiu informações confirmando o não recebimento da quantia. Imediatamente a diretoria rubro-negra formalizou a questão à FIFA. A Federação Internacional de Futebol agora deverá aplicar penalidades ao clube da Arábia Saudita, que variam de multa à exclusão da equipe das competições nacionais.
Essas punições, no entanto, devem seguir um grau de rigor, a depender das novas datas estipuladas pela FIFA. No momento, a federação deve estipular uma nova data para o cumprimento do acordo. A partir de um possível novo descumprimento, o Al Nassr automaticamente receberá uma multa e a entidade estipulará mais um prazo e assim sucessivamente, até que chegue à sanção mais pesada, que é a exclusão.
Marcos Motta, advogado que representa o Flamengo na ação, segue orientação do clube e pressiona a FIFA com o intuito de acelerar ao máximo as punições. Estas, por sua vez, podem sair a qualquer momento, e a diretoria rubro-negra segue monitorando o caso.
Relembre o caso
Hernane chegou ao Fla em 2012 e teve em 2013 o melhor ano de sua carreira. Absoluto no comando de ataque do Mais Querido, terminou o ano como campeão da Copa do Brasil e maior artilheiro do país, com 36 gols marcados. No ano seguinte foi vendido ao Al Nassr, clube da Arábia Saudita.
O acordo entre brasileiros e árabes foi de 4,5 milhões de euros, sendo divididos em uma primeira parte de 2 milhões que deveriam ser pagos após o atacante ser aprovado nos exames médicos; 500 mil a serem pagos no dia 15 de dezembro de 2014, e os restantes 2 milhões de euros a serem pagos no dia 15 de julho de 2015. O Fla tentou precaver-se de um possível calote, como diz matéria feita pelo MRN em abril deste ano.
No dia 15 de setembro, após o “Brocador” já ter voltado ao Brasil devido a liberação da FIFA que permitiu ao atleta a desvinculação com os árabes depois de três meses sem receber seus salários – após isso atuou por Sport e, atualmente, defende o Bahia – a FIFA determinou que o time saudita pagasse 3 milhões de euros ao clube carioca. A sanção não permitia recursos.