Por Gerrinson. R. de Andrade (Twitter: @GerriRodrian) - Do Blog Orra, é Mengo!
Aedes aegypti é bicho de estimação de brasileiro, povo tão desatento e aéreo. Desde 1986, tô sabendo desse bicho, pela informação atenta da educativa revista MAD. Mas tão somente agora, anos depois, conheci pessoalmente este amado mosquito tropical.
200 milhões de brasileiros não são capazes de acabar com a doença, nem dando bordoada no inseto, muito menos inventando vacina. Aqui em Osasco, Paracetamol é drops, a Indústria goza suas vendas, não convém acabar com a dengue, com tanto remédio vendido.
Quem já teve, sabe. E naquelas horas de calafrio, vem aquele pessimismo. Eu ardia na febre, o mundo pareceu-me pior do que é. Foi assim que pude ver o Flamengo jogar seus últimos jogos. O Brasileirão chegando, que futuro feio para o Mengo, a cabeça girava, dor do pé, no joelho e na perna.
A doença nos fode os miolos. Parecia câmera lenta no campo, Bressan, Pará, Márcio Araújo, Canteros, Gabriel, algo me pareceu errado, faltando frames. Parecia aquela premonição de moribundo. Parecia ali que a coisa tava torta, que esse time vai passar enrosco e ter novamente aquele ano equivocado.
Dengue deixa a gente assim, desconfiado do técnico, desconfiado do camisa 10 do time, desconfiado da molecada da base. A propaganda na camisa parece feia, a transmissão na TV parece feita por gente com problemas mentais, a gente fica é com raiva de estar vendo o jogo.
Eu digo, a coisa é braba. E se fosse então a Chicungunha?
Orra, é Mengo!