Morre Dudu, célebre rubro-negro, conselheiro e dono de invejável coleção do Flamengo

Sócio benemérito do Flamengo e curador do Museu do clube, Eduardo Vinícius de Souza é um conhecido pelo seu enorme rubro-negrismo. Figura célebre entre os torcedores e na história do clube, Dudu faleceu, e a notícia da morte pegou a todos de surpresa – e tristeza – nesta quinta-feira (27). A causa não foi divulgada.

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A notícia do falecimento fez com que o Flamengo rendesse homenagens a quem a ele dedicou sua vida. Eduardo respirava o Mengão, e o reconhecimento não poderia ser diferente. Veja publicação do clube nas redes sociais.

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“O Clube de Regatas do Flamengo e o Museu Flamengo lamentam profundamente o falecimento do grande rubro-negro Eduardo Vinicius. Curador do museu, devotou sua vida à preservação da memória do Clube.

Sócio Benemérito, Eduardo era o maior colecionador da história do Flamengo. Seu acervo contempla mais de 22.000 itens relacionados ao Clube, como camisas, ingressos, flâmulas, fotos, documentos etc”.

Frequentava as regatas, os ginásios e os estádios. Estava com o Flamengo em todos os lugares. E o Flamengo sempre estava com ele, perto, em seu acervo, memórias e amizades.

Deixou um grande legado para o Clube imortalizado em forma de museu. O #CRF e o Museu Flamengo se solidarizam com os familiares e amigos neste momento triste. Descanse em paz, Dudu”, publicou o clube.

Colecionador e dono de um enorme acervo do Flamengo

O amor de Eduardo pelo Flamengo era muito mais do que se pode explicar, e como diz uma das músicas da arquibancada, “só quem é rubro-negro pode compreender”. Entretanto, nós conseguimos ao menos tentar expor o quanto o Mengão era importante na vida de Dudu, colecionador do Flamengo.

Analista de sistemas e Carioca, Eduardo viveu para se dedicar ao Flamengo e montar uma incrível -e rubro-negra – coleção. Em 2019, participou de um quadro da FlaTV chamado “Histórias de Arquibancada”, e mostrou parte do acervo pessoal.

A quantidade de itens chama atenção e, na época, segundo Dudu, o número de peças catalogadas era de 20.181. A coleção começou com uma caneca, e hoje conta com copos, cartões postais, faixas, ingressos de jogos, fotos, pratinhos decorativos, revistas, medalhas, camisas, chaveiros, e muito mais.

Para abrigar todo o acervo, Eduardo ocupou quase toda sua casa, localizada no bairro Tijuca. O local foi batizado de ApartaMengo, e tinha 25m² destinados à coleção. Em entrevista ao ‘Verminosos por Futebol’, em 2017, Dudu brincou que apenas o banheiro tinha escapado de abrigar itens do Flamengo.

Além do ApartaMengo, local exclusivo da coleção, Eduardo ainda tinha parte de sua casa principal destinada aos itens, um espaço de cerca de 22m². Ou seja, em 2017, a coleção já ocupava um área total de 47m² de puro rubro-negrismo.

Eduardo se despede do Mengão e sua incrível coleção, mas leva consigo para a eternidade todo o amor que apenas o rubro-negro pode proporcionar. Afinal de contas, “uma vez Flamengo, Flamengo até morrer”.

Veja reações de rubro-negros com o falecimento de Dudu

“Sócio por 45 anos, juntou 22 mil itens e foi a mais de 2 mil jogos. Todos hoje na Gávea estavam em prantos, mas não deviam: sempre que alguém entrar no Museu Flamengo, sempre que uma criança abrir o álbum de figurinhas do @Flamengo, Dudu Vinicius viverá, a sorrir”, publicou Marcelo Dunlop.

“A maioria não sabe quem foi, é e o tamanho de Eduardo Vinicius de Souza. Estou com um buraco no peito. Um amigo que virou irmão. O maior rubro-negro que eu conheci. Hoje é um dos dias mais tristes da minha vida”, disse o Fla Pra Valer.

“Eduardo Vinicius foi uma das primeiras pessoas a conhecer meu projeto e, desde o primeiro segundo, abriu as portas da sua casa pra me receber. Que perda gigante! Tô arrasada!”, disse Carol Malachine, do Vesti Rubro-Negro.