Torcedores do Athletico se contradizem após novo empate no fim

Contra o Flamengo, tudo é levado com mais fervor pelos torcedores do Athletico. Jogando em casa, os paranaenses foram incapazes de reconhecer os erros do time em campo e a própria cera, como um chutão desnecessário de Pablo para o alto no empate por 1 a 1, na Arena da Baixada. Os locais preferiram colocar a culpa no árbitro Anderson Daronco pelo tempo acrescido. Mas o raio caiu duas vezes no mesmo lugar e o discurso é outro.

O Athletico vencia no Engenhão, na noite da última quarta-feira (19), e assumia a ponta da tabela temporariamente. Mas o Botafogo empatou, também de cabeça, após cobrança de escanteio, no último lance do jogo, mostrando que a bola aérea é um ponto fraco dos athleticanos.

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Pensando nisso, o MRN reuniu uma série de torcedores do Athletico que se posicionaram de uma forma no jogo contra o Flamengo, e agora, adotam outra postura contra o Botafogo. A torcida começa a apontar dedos, notando os erros de Pablo. Eles literalmente isentam a arbitragem de culpa, e alguns chegam a elogiar a condução do árbitro Ramon Abatti Abel.

Torcedor enlouqueceu com gol do Flamengo, mas só criticou time contra o Botafogo

Uma das mudanças mais radicais foi a de André Luis Fontana. O torcedor do Athletico mostra bastante ódio do Flamengo. No jogo passado, ele iniciou: “Daronco teve a chance de encerrar o jogo na falta no Fernandinho no meio-campo. Foi agressão. Ele fingiu que nem viu. Árbitro fraco, sempre a favor do Flamengo. Ninguém explica os oito minutos de acréscimos. Sempre assim, sem o VAR não conseguem”, delira, antes de surtar:

“Alguém me explica a p**** dos oito minutos? CBF, vergonha. Sempre os mesmos”, escreve, antes de publicar imagem com a placar levantando: “Até empatar”. André chega a tentar ironizar os flamenguistas que comentavam suas publicações.

“Eu amo ver como ‘VARmenguista’ se dói quando são contraditos. E acho que a zoeira faz parte também. Tem uns até que são criativos nas piadas das respostas. Outros só são otário e vem xingar, esses basta bloquear. Voltem sempre e nunca se esqueçam do VAR”, chora.

André insistiu:

A mudança drástica

Contra o Botafogo, André finalmente percebeu: “Parabéns ao Pablo, que de novo perdeu a última posse do jogo”. Contra o Flamengo, ele ainda não havia lembrado desse detalhe na sua conta no X.

Em seguida, o torcedor decidiu isentar completamente a arbitragem de Ramon Abel Abatti, criticando sua própria equipe, o que não aconteceu antes.

“Hoje ZERO erro da arbitragem. O jogo era nosso. Não pode devolver uma posse faltando 30 segundos. Cabacice 100% nossa”, afirma.

Por fim, ele conclui: “No calor do jogo até questionei os 8 minutos de acréscimos. O histórico dos jogos pesou… Olhando agora com calma, os jogos da rodada tiveram o mínimo de seis minutos de acréscimos. Deve ser uma recomendação da CBF. O que nos matou foi a última posse de bola”, muda drasticamente.

De “até empatar” para “timinho filho da ****”

Outro torcedor identificado no X, antigo Twitter, como “Doug do Athletico“, comentou após o gol de Evertton Araújo: “Acréscimos até o Flamengo empatar”. Mais uma mudança drástica que aconteceu para o empate botafoguense no Engenhão.

“Não vou falar nada! Prometi não me estressar mais com Athletico”, declara, antes de, ironicamente, começar o surto: “Time pipoqueiro! Vai se ***. Zaga burra, bagre Santana colado em campo, Pablo, um tremendo… Não tenho adjetivo sério para falar dele. Ô, timinho filho da ***, hein?”.

Léo Neves foi mais um torcedor do Athletico a ter cara de pau suficiente de mudar da água para o vinho. Primeiro, ele publica uma montagem de Anderson Daronco com a camisa do Flamengo, ironizando: “Esse cara joga muito”.

Na semana seguinte, Léo posta: “‘Até empatar’ não é o culpado dos nossos resultados. A verdade é que temos jogadores incompetentes em nosso elenco e que precisam fechar ciclos. Não é que somos roubados por times cariocas. Quis o destino mesmo, mostrar de forma irônica, que somos incompetentes”, se contradiz.

Vilão deixa de ser árbitro e vira Pablo

Michel Toti é mais um elemento a se contradizer. O athleticano postou a boa defesa do goleiro paranaense antes de sofrer o gol do empate, contra o Flamengo: “Defesa gigante do Léo Linck. Só não é maior porque Anderson Daronco conseguiu cometer o crime”.

Para a surpresa de ninguém, o vilão deixou de ser o árbitro contra o Botafogo e passou a ser o atacante Pablo, que voltou a errar.

“Segunda rodada seguida que uma molequice, infantilidade de Pablo Felipe, tira os três pontos do Athletico. Vá para a casa do ****. Uma partida gigante do Athletico e de diversos jogadores simplesmente esmagada, jogada no lixo por Pablo Felipe. No começo do ano viveu boa fase. Mas é inaceitável o que fez hoje. Já tinha feito m*** contra o Flamengo”, percebe.

Do “apitinho” ao “time pipoqueiro”

Gabriel também criticou a arbitragem contra o Flamengo e julgou, atacando o Mais Querido: “Qual o último jogo entre Athletico e Flamengo que não teve aquele apitinho? (…) Quatro coisas dentro da Baixada que podiam estar no quinto dos infernos: Daronco, Gabigol, Flamengo e Cuca”, diz.

Obviamente, o discurso mudou após o empate do Botafogo no fim do jogo, e o Athletico passou a ser o motivo da perda de pontos: “Nem cirurgião tira tantos pontos quanto o Athletico nos acréscimos”, caindo na realidade de que a equipe é a maior culpada pelas falhas e se calando sobre qualquer erro de arbitragem ou mais oito minutos de acréscimos.

Guilherme também se manifestou de forma contraditória. Contra o Flamengo, foi “acréscimo até empatar”, mas contra o Botafogo, “um jogo que a arbitragem teve zero influência. O cara cercado por quatro defensores, nenhum subiu junto”.

Agustina não foi diferente, questionando: “Darmengo ou Flaronco?” Mas logicamente, assegurou, após o empate botafoguense: “Zero erro da arbitragem hoje, total culpa do horroroso do Pablo”.

João Paulo Capellanes também foi de “vagabundagem, safadeza, Daronco, você é ridículo. Sua piada! Nojento, asqueroso”, para “time pipoqueiro do c****”.

PC Oliveira defende Anderson Daronco

Após os ataques dos paranaenses ao árbitro Anderson Daronco e as ironias com o Flamengo, o ex-árbitro Paulo César de Oliveira, hoje comentarista do SporTV, explicou o porquê dos oito minutos de acréscimos na Arena da Baixada no Troca de Passes.

“De acordo com a regra, o tempo que o árbitro indica de acréscimo é o tempo mínimo a ser jogado. E aqui no Brasil, até comparando com a Eurocopa, por que a gente tem muito acréscimo? Porque o comportamento é muito ruim. Então o bom andamento do jogo não depende só do árbitro. Aqui o gandula some com a bola, o goleiro quando está ganhando cai e fica fazendo cera. Por isso que nós temos muitos acréscimos. E as revisões do VAR também são muito demoradas”, disse.