Pode parecer pressão, mas uma boa campanha na Libertadores é sim obrigação.
Neste Século XXI já foram disputadas 16 edições da Copa Libertadores da América. 21 clubes brasileiros disputaram a competição desde então. Ao lado do Palmeiras, o Flamengo é o 6º clube brasileiro que mais participou da competição neste século, com 6 participações e indo pra 7ª em 2017 (Olha o cheirinho aí).
Preparei um quadro com o histórico de participações dos clubes brasileiros na Libertadores conforme abaixo:
12 dos 21 clubes brasileiros disputaram a competição por mais de uma vez e vou me ater a eles para o comparativo. Destes 12 o Flamengo tem de longe o pior desempenho de todos em participações na Libertadores. Apenas em metade das participações o clube passou da fase de grupos e em apenas uma oportunidade passou das oitavas de final. Um desempenho sofrível e inferior ao de equipes bem menores e menos tradicionais como Palmeiras, Vasco, Fluminense, Atlético-PR e São Caetano, por exemplo.
Se compararmos ao desempenho de equipes como Santos, São Paulo, Inter, Grêmio e Cruzeiro chega ser ainda pior. Por isso a minha pergunta do título da coluna: Libertadores é Obrigação? Não sei. Mas uma boa campanha é obrigatória.
O Santos se destaca por ter conseguido avançar pelo menos até às quartas de final em todas as edições que participou. Já o São Paulo participou de 10 edições da Libertadores, ganhou uma, foi finalista em duas e semifinalista em metade das edições que disputou. Um número bem significativo.
Os gaúchos também merecem destaque. O Internacional, que tinha pouquíssima tradição na competição, conseguiu o título logo em sua primeira participação depois de 13 anos em 2006 (última participação tinha sido em 1993 com eliminação ainda na fase de Grupos). Em 2007 caiu na primeira fase e na 3ª participação nesse século levou o bicampeonato. Nas 2 participações seguintes chegou às oitavas e às semifinais . O Grêmio, de tradição copeira, em oito participações chegou a uma final, três semifinais, 4 quartas de final e sempre se classificou para as oitavas de final.
Por fim o Cruzeiro, que em oito edições chegou em uma final, 5 quartas de final e também passou da primeira fase em todas as edições que disputou.
O que eu chamo de boa campanha significa chegar, no mínimo, até às semifinais na edição de 2017. O Flamengo deve isso não só à sua torcida como também à própria Libertadores.
Podemos pegar o exemplo do Corinthians, que durante anos sonhou com a Libertadores, mas sempre vacilava nos momentos de pressão, um deles contra o próprio Flamengo em 2010. O clube da Zona Leste de São Paulo foi à 8 Libertadores nesse século, em um delas caiu ainda na Pré-Libertadores, mas em todas as outras 7 edições conseguiu passar da primeira fase. Em 6 oportunidades caiu logo nas oitavas de final. Somente uma vez conseguiu avançar, exatamente na única vez em que conseguiu conquistar o sonhado troféu.
Onde quero chegar? Títulos e boas campanhas são consequências naturais para times que disputam a Libertadores com frequência. Como já disse, São Paulo, Santos, Grêmio, Inter e Cruzeiro comprovam essa tese, falta o Flamengo fazer a sua parte e também cumpri-la e nunca estive tão confiante como estou agora. Clube está mais maduro administrativamente. Jogadores estão comprometidos e, principalmente, envolvidos com a história do Flamengo. A boa campanha na Libertadores não será só uma obrigação, será também uma consequência do bom trabalho administrativo pelo qual o clube está passando nos últimos 4 anos.
Uma dos pontos que mudou minha percepção de que em 2017 a Libertadores será diferente para o Flamengo, foi a postura firme da diretoria na questão de um estádio no Rio de Janeiro. Com o Estádio da Ilha (ou Arena Ilharão, como carinhosamente é chamada pela torcida) o Flamengo resolve um dos, senão o maior, maiores problemas do Clube em 2016. As seguidas viagens fizeram diferença no fim do ano. Além disso, ganha um caldeirão que pode funcionar muito bem nas fases iniciais da Libertadores com já funcionou o Independência para o Atlético-MG, por exemplo, de 2013 pra cá.
O elenco do Flamengo está qualificado e, a meu ver, precisa de reforços pontuais, um goleiro reserva (caso Paulo Vitor deixe o clube), um zagueiro, um primeiro-volante e um atacante de lado de campo já bastariam.
Com estádio e elenco equacionados, faltará o Flamengo apenas gerir bem o excesso de competições ao longo de 2017. Neste ano, faltou gestão e o Flamengo se enrolou no primeiro semestre, colecionando eliminações precoces no Carioca, na Primeira Liga e na Copa do Brasil.
Outra curiosidade, mas que pode servir de meta pro clube neste fim de ano, dos 6 títulos de clubes Brasileiros na Libertadores: três foram conquistados pelo vice-campeão Brasileiro do ano Anterior, uma pelo Campeão Brasileiro, uma pelo Campeão da Copa do Brasil e outro pelo 3º colocado no Brasileiro do ano anterior.
Que o Flamengo siga no caminho certo. O Hepta não veio esse ano, mas tenho certeza de que estamos no correto caminho para, não só conquistarmos o hepta e nos firmamos isoladamente como o maior vencedor de títulos nacionais do Brasil, como também recuperarmos a hegemonia do continente. E, quem sabe, do mundo.
Saudações Rubro-Negras
Julio James
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Imagem destacada: Foto: Conmebol
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