Prime Zico: 36 anos do gol que o Galinho colocou em seu Top 3

Há 36 anos, o Flamengo conquistava uma grande vitória contra o Santa Cruz, por 3 a 1. A partida aconteceu diante de um Maracanã lotado, que observou Zico brilhar. O Rei marcou os três gols do Mengão. Em um deles, uma falta que entrou para a lista dos seus gols preferidos da carreira.

O jogo era válido pelo segundo turno do Campeonato Brasileiro de 1987. E Carlinhos escalou o Flamengo com seu poderio ofensivo para enfrentar o Santa Cruz. Zico era a grande estrela do time. Mas o ataque ainda contava com Renato Gaúcho, Bebeto, Alcindo e Zinho.

Leia mais: Com Flamengo de Zico, revista elege 50 melhores times de todos os tempos

Até que Zinho fez uma bela jogada e foi derrubado na área do Santa. Pênalti claro a favor do Mengão. Zico foi para a bola e precisava converter para colocar o Flamengo na frente de novo. Em uma cobrança fria, o Camisa 10 deslocou o goleiro e explodiu o Maracanã ao estufar as redes.

A vitória já estava garantida, mas Zico guardou o melhor para o final. O Flamengo tinha uma falta perto da área a seu favor. Melhor batedor de faltas do futebol, Zico foi para a cobrança e fez um dos gols mais bonitos da sua carreira. Sem dar chances ao goleiro, colocou a bola na gaveta para completar o seu hat-trick. Esse foi o último triplete do Galinho de Quintino.

Zico admite que gol de falta contra o Santa Cruz é um dos seus prediletos

Em entrevista ao Charla Podcast, Zico admitiu que esse golaço é um dos três melhores que já fez. O Rei ainda revelou que essa batida já havia sido ensaiada durante sua passagem pelo futebol italiano.

“Foi preparado na Itália. Eles eram acostumados a sempre fazer dois toques. Mas eu cheguei e modifiquei para bater direto. Teve um jogo que a falta era um pouco mais centralizada do que a do Santa Cruz. Falei para meu companheiro: ‘Fica aqui do lado, que o cara vai pensar que eu vou bater por fora da barreira, mas vou bater no canto do goleiro’. Dito e feito”, relembra Zico.

Em seguida, o ídolo explica o efeito fantástico da bola no gol antológico de 1987. “Você vê que a bola sobe. Aí pensa que vai para fora, mas não. O goleiro nem se mexe. Quando bato, você pode ver. Os seis jogadores da barreira olham”.