Caso de flamenguista preso injustamente por morte de palmeirense é arquivado

A Justiça de São Paulo mandou arquivar o caso do torcedor do Flamengo Leonardo Felipe Xavier, de 26 anos, que foi preso por engano pela morte da palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, em julho. O rubro-negro passou cinco dias na cadeia até ser apontado como inocente.

Leandro deixou a cadeia logo após análises de vídeos identificarem que ele não era fisicamente semelhante ao suspeito de atirar garrafa que causou a morte da jovem palmeirense. Agora, o caso chega oficialmente ao fim.

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“ Conforme imagens dos fatos feitas por pessoas desconhecidas, a pessoa que arremessou a garrafa contra os torcedores palmeirenses trata-se de um homem que possui barba. Sendo, portanto, fisicamente diferente do autuado. Além de vestir camisa clara, diferente da camisa do time do Flamengo que o autuado vestia quando preso”, afirmou a juíza quando pediu que Leandro deixasse a cadeia.

Na mesma decisão, a juíza Marcela Raia de Sant’Anna, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), marcou para o dia 18 de dezembro o julgamento de Jonathan Messias Santos da Silva, acusado de ser o verdadeiro autor do crime.

Jonathan foi preso pela polícia após investigação com base no cruzamento de imagens de câmeras de segurança e relatos de testemunhas. Segundo o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa  (DHPP), ele estava no meio de uma confusão entre torcidas.

Entenda o caso

A torcedora do Palmeiras, Gabriela Anelli Marchiano, morreu no dia  8 de julho de hemorragia após ser vítima de uma garrafada no pescoço. O caso ocorreu no entorno do estádio Allianz Parque, antes de partida entre Flamengo e Palmeiras pelo Brasileirão.

Torcedores de ambos os clubes se envolveram em confusão perto de um dos acessos do estádio e começaram a lançar objetos. Segundo a investigação da  Polícia Civil de São Paulo, Jonathan arremessou garrafa de vidro e os estilhaços atingiram o pescoço da jovem palmeirense, que não resistiu aos ferimentos.