Exclusivo: Val Baiano detalha dificuldade no Flamengo e conta história curiosa com Zico

Uma das contratações que mais mexeram com o noticiário esportivo do Brasil em 2010, o ex-atacante Val Baiano, ex-Flamengo, cedeu entrevista ao MRN e abriu seu coração referente a sua passagem pelo clube. Além disso, Val também contou uma história inusitada com Zico, então diretor de futebol do Mengão, no momento de sua contratação.

Atualmente morando na Bahia e empresário de jogadores, Val Baiano confessou que se tivesse permanecido no Flamengo em 2011, poderia ter tido uma passagem melhor na Gávea, já que na época chegaram atletas como Ronaldinho e Thiago Neves. Ao todo, o ex-atleta marcou apenas três gols pelo Fla (um contra o Atlético-GO e dois diante do Avaí).

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Confira a entrevista na íntegra de Val Baiano, ex-Flamengo, ao MRN

MRN: Você foi um dos destaques do Barueri em 2009. Qual foi a sensação de receber a proposta do Flamengo em 2010? Na ocasião, Zico era o diretor do clube.

Val Baiano: Quem me ligou foi o Zico, meu maior ídolo. A sensação foi diferente de todas que eu tinha vivido naquele momento. Não acreditei. Eu tinha acabado de chegar do treino do Monterrey, do México, e desliguei o telefone na cara do Zico achando que era resenha dos meus amigos.

Em seguida, o Gonçalves, ex-zagueiro do Botafogo, me ligou de volta e falou: ‘Você desligou o telefone na cara do Zico’. Eu disse: ‘Mentira, Gonçalves?’. Ele disse: ‘Sim’. Aí ele ligou de volta e o Zico ficou rindo. Eu não sabia onde botar a cara, foi f***. Mas foi a melhor ligação da minha vida, meu ídolo ligando para ir para meu clube.

MRN: Como foi trabalhar com Vanderlei Luxemburgo no Flamengo? Ele cobrava muito?

Val Baiano: Ele é um treinador indiscutível, né? Um dos melhores que a gente tem, sem sombras de dúvidas. Quando ele quer, ele é bom. É um cara muito inteligente, cobra muito, é rígido. Além disso, disciplinado, foi uma experiência muito boa ter trabalhado com ele. Um treinador com currículo invejável, só os títulos dele já conta tudo.

Grandes amizades que fez no Flamengo

MRN: Teve algum amigo que fez no Flamengo e que leva para o resto de sua vida?

Val Baiano: Fiz muitas amizades. Muitas amizades boas. Tenho contatos até hoje que vou levar para o resto da vida, tipo do Léo Moura, Ronaldo Angelim, Paulo Victor, Renato Abreu, Kleberson, Deivid e David Braz. Graças a Deus, eu sempre tive o dom de fazer amizades. Então, no Flamengo eu tinha amizade com praticamente todo mundo. Além deles, Toró, Welinton e Everton Silva, são amigos que vou levar sempre. Uns eu tenho mais contato, como Paulo Victor e Léo Moura, que até já veio aqui. Angelim já veio aqui umas três vezes também.

MRN: Qual foi a maior dificuldade que enfrentou para ter uma sequência maior no Flamengo?

Val Baiano: A dificuldade que eu tive maior foi ter vindo para o Flamengo no meio do Brasileiro. Como eu estava de férias no México, já que o calendário mexicano é igual o do Europeu. Quando estava retornando para fazer a pré-temporada, foi quando recebi a ligação do Zico e vim para o Flamengo. Chegar no meio da competição e você pegar todo mundo jogando e você de férias, foi complicado.

Se eu pego no Flamengo, um ano depois e fazendo pré-temporada, com a chegada de Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, jogadores que tem a facilidade deixar o atacante na cara do gol, com certeza eu teria tido mais sucesso no Flamengo. Mas sou um cara realizado, feliz. Agradeço a Deus por ter vestido a camisa do meu clube de coração. Eu amo o Flamengo, todo mundo sabe disso. Sou um homem realizado.

O que faz Val Baiano atualmente

MRN: Para quem não sabe, conte o que faz Val Baiano atualmente.

Val Baiano: Atualmente, eu moro na Bahia e estou empresariando. Continuo no ramo do futebol, mexendo com alguns atletas e com o projeto de trabalhar com crianças também de 10 a 16 anos. Aqui a região é muito rica de atletas. Agora também estou vivendo a vida com a família e amigos. Muito feliz, estou sempre acompanhando os jogos do Flamengo e feliz com a mudança de rumo do clube. Hoje é como o Bruno Henrique falou: ‘O Flamengo é outro patamar’. Estou muito feliz.