Projeto de Lei quer também punir federações em casos de racismo nos estádios

Na Câmara dos Deputados, um novo projeto de lei com intuito de combater o racismo no esporte foi apresentado. Assim, a proposta visa uma maior rigidez para esses casos, rendendo punições até mesmo para as federações, organizações ou ligas.

A princípio, o projeto seria incluído na Lei Geral do Esporte, sancionada em junho. De acordo com o deputado Beto Ferreira, relator do PL, essas entidades esportivas também precisam de medidas duras para auxiliarem no combate ao racismo. Como exemplo, o deputado relembra o triste caso de Vini Jr, que ocorreu ainda neste ano.

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“É importante irmos além e corresponsabilizarmos Federações, Ligas e organizações esportivas nesses inaceitáveis casos de racismo, como o acontecido na Espanha com o jogador Vini Jr, mas também recorrentes no esporte nacional”, disse o deputado Beto Ferreira.

No Brasil, a CBF estabeleceu uma multa financeira para os clubes, bem como perda de mando de campo em caso de reincidência. Por fim, perda de pontos também pode acontecer. Contudo, quando se trata das competições sul-americanas, a Conmebol não costuma ser rígida para punições nesses casos, apesar dos protocolos estabelecidos. Assim, se tornou comum os atos de injúria racial em jogos da Sul-Americana e Libertadores, entre clubes brasileiros e adversários de outros países.

Relembre o caso de racismo contra Vini Jr

Desde que chegou à Espanha, Vinícius sofre com ataques racistas, mas nenhuma providência era definida pela La Liga. Nesse sentido, o craque brasileiro viveu seu estopim em maio, quando reagiu ao ser chamado de macaco nas arquibancadas da torcida do Valencia.

Vini chamou o árbitro da partida e apontou para os torcedores que o chamavam assim. Em seguida, uma confusão aconteceu ainda em campo: o Garoto do Ninho recebeu uma chave de braço de um jogador do Valencia, mas o próprio Vinicius foi expulso. As cenas lamentáveis rodaram o mundo, e causaram comoção internacional.