Marcos Rogério Ricci Lopes, mais conhecido como Pará, chegou ao Rubro-negro em janeiro de 2015, emprestado pelo Grêmio numa negociação que envolveu antiga dívida do clube gaúcho junto ao Flamengo. Vindo com o intuito de substituir Léo Moura, o atleta teve muitas oportunidades mas nunca emplacou. A torcida, projetou em Pará uma espécie de vilão responsável pela iminente saída do seu ídolo. Quando a diretoria do Flamengo anunciou a saída de Léo, ainda no primeiro semestre de 2015, após 10 anos de clube, Pará se tornou o jogador mais vaiado do time que oscilava no Campeonato Brasileiro. Se a torcida não gostava de Pará, agora titular absoluto no lugar de LM, ela passou a hostilizá-lo com vaias em muitos jogos.
Para piorar, Pará se envolveu em uma polêmica junto com alguns companheiros de elenco. O caso ficou conhecido como “Bonde da Stella”, nome dado ao grupo de jogadores flagrado com bebidas em churrasco após um treino do Flamengo em Vargem Grande. Pará foi afastado por alguns dias e depois voltou a reintegrar o elenco. Na última rodada do Brasileiro, com o time no meio da tabela, marcou seu único gol na competição, diante da derrota em casa contra o Palmeiras.
Com a contratação de Rodinei, vindo da Ponte Preta no início da atual temporada, Pará perdeu espaço no time. Após luxação no cotovelo esquerdo sofrida pelo titular ganhou mais uma chance de começar um jogo titular, contra o Atlético Mineiro, em Brasilia, pela décima quarta rodada do Brasileirão. E não parece estar comprometendo. Ontem, pela décima sexta rodada, Pará foi o destaque da partida. Tanto no primeiro tempo, se arriscando em finalizações, quanto no segundo, dando assistência para o gol de Paolo Guerrero. Em entrevista ao Globo Esporte, após o jogo, Pará diz ter ficado feliz com a participação do gol, acredita em seu potencial e que trabalha duro para, quando for solicitado, poder ajudar.
O atleta começou no Santo André, em seu primeiro ano no elenco foi campeão da Copa do Brasil diante do Flamengo, em 2004. Depois foi para o Santos, onde teve passagem por quatro temporadas e destaque no cenário nacional e internacional. No time da Vila Belmiro foi campeão Campeonato Paulista (2010 e 2011), Copa do Brasil (2010) e da Copa Libertadores da América em 2011.
Na montagem do elenco deste ano, a torcida e imprensa julgavam certa a saída do jogador nascido em São João do Araguaia, região metropolitana de Marabá. Para surpresa geral ficou no elenco. Aos detratores, a atuação desta segunda-feira (25) mostra que o lateral Pará pode ainda ajudar muito o Flamengo neste Brasileiro.
Após as últimas partidas em que o lateral entrou em campo, o MRN comentou suas atuações. O saldo é bom, mostrando que Pará é um reforço imediato, apesar de sempre contestado.
Flamengo x Atlético-MG:
Pará – Em altíssima voltagem o experiente lateral deu conta do recado. Sempre muito forte na defesa, não deu muitos espaços para o adversário trabalhar e buscou sempre que possível as jogadas em linha de fundo junto com Cirino e Arão. Embora limitado, sua dedicação e excelente forma física sobressaíram e fez com que a consistência pelo setor direito permanecesse. NOTA 7
Atuações: Muralha fecha o gol; Pará vai bem na lateral; e Vizeu garante a vitória
Flamengo x Botafogo
Pará – Sendo bastante requisitado pelo time adversário, o atleta foi mediano. A equipe toda, possuindo a vantagem de 3 a 1 e cedendo o empate, não foi acima do nível. Não levou cartão e ajudou em alguns momentos no ataque. NOTA 5
Flamengo x América-MG
Pará – Uma das melhores partidas do lateral direito pelo Flamengo. Com começo um pouco tímido e dando até algum espaço para criação do adversário por aquele lado, o camisa 21 evoluiu e foi peça fundamental para o Flamengo daí por diante. Um monstro na defesa e com passes para gol no ataque, Pará substituiu o até então titular absoluto Rodinei com volume de jogo superior e deu uma ótima dor de cabeça para o técnico Zé Ricardo. NOTA 8,5
Atuações: Pará em grande estilo; Arão-apagado; e Guerrero marca de novo