Palco de jogo do Flamengo, Vila tem sinalizadores em campo e jogo encerrado antes da hora

O Flamengo vai até a Vila Belmiro no próximo fim de semana, no domingo (25), pelo Brasileirão. Mas as questões de segurança do estádio não parecem estar em dia. Nesta quarta-feira (21), o Santos recebeu o Corinthians e perdia o clássico por 2 a 0, quando os torcedores irritados começaram a protestar e atirar sinalizadores e bombas em campo.

Os artefatos foram jogados na área do goleiro Cássio, do Corinthians, preocupando todos em campo. Cássio não foi ferido, mas ao tentar descer para os vestiários em um primeiro momento, o árbitro do jogo manteve o time corintiano em campo. Confira as cenas de terror no gramado da Vila Belmiro:

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No entanto, Vuaden optou por encerrar a partida antes da hora, aos 42 minutos do segundo tempo, por insegurança, ao notar que os problemas não cessariam. O Santos pode e deve ser punido de forma severa por conta do ocorrido e o Flamengo pode se beneficiar disso, podendo jogar sem torcida contra. Mas os torcedores do flamenguistas, que esgotaram os ingressos do setor visitante, podem ficar a ver navios.

É que o Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê que se a Procuradoria entender que a gravidade foi elevada, a punição pode ser de até dez mandos de campo. A partida não será jogada de novo, já que foi encerrada perto do fim e o placar estava em 2 a 0 para o Corinthians sem esboço de reação santista.

Jornalistas fazem lobby por interdição da Vila Belmira antes de Flamengo x Santos

Leonardo Dahi, da CBN, relembrou outro momentos em que a Vila viveu cenas de terror e insegurança, e encorpa o coro para que algo seja feito em relação ao estádio: “Vão esperar alguém se machucar FEIO pra interditar a Vila Belmiro. Já teve jogador agredido – mais de uma vez… agora essa cena ridícula do time do Santos isolado no meio do campo dentro de um cordão de isolamento pra não tomar rojão na cabeça. Ou o Santos mexe na estrutura ou não dá pra ter jogo lá”, publica.

O jornalista Pedro Torre, da ESPN, também entrou no mérito das críticas. Mas ele condena o comportamento dos torcedores. Ou seja, os santistas que usam o discurso de ‘protesto’ para cometer crimes. Pedro, aliás, lembra que derrotas e momentos ruins acontecem. Com clubes e também com pessoas.

“Vergonha o que acontece na Vila Belmiro. Tudo parte do mesmo sistema, da conivência de todos. Imprensa, torcedores, dirigentes. Holofotes à indústria do protesto, espetacularização e normalização da barbárie. Voz a quem não deve ser ouvido. Todos os clubes passam por ‘protestos’, com vários ávidos por holofotes. E ganham. E é um retrato de uma sociedade cada vez mais doente, que não sabe lidar mais com derrotas, com crises esportivas, de um time de futebol. Ganha-se e perde-se na vida, no esporte”, inicia.

Além disso, Pedro Torre lembra que mesmo com clubes na Libertadores ou bem colocados no Brasileiro, a cena é corriqueira.

“A doença é tamanha que clube classificado em Libertadores, no top 5 do Brasileiro ou perto da zona de rebaixamento sob os ditos ‘protestos’. A tara pelos holofotes. De quem quer dizer que mudou o panorama com violência, terror. Chega de conivência e holofote a isso tudo. Responsabilidade”, finaliza.

Flamengo enfrenta o Red Bull Bragantino antes do Santos

Vale lembrar que o Santos não é o próximo adversário do Flamengo. Isso porque antes o clube enfrenta o Red Bull Bragantino, às 21h30 (Horário de Brasília), nesta quinta-feira (22). Além disso, vale lembrar que Flamengo e Santos também se enfrentam no Brasileirão Feminino, também no domingo (25).