Seneme promete mudanças na arbitragem brasileira: ‘Vai ser na dor’

Há muito em cheque, a arbitragem brasileira pode ter grandes mudanças em breve, garante Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. Em entrevista ao GE, ele aproveitou o assunto do erro na Supercopa entre Flamengo e Palmeiras para dar uma declaração forte.

Apitado por Wilton Pereira Sampaio, o duelo entre Flamengo e Palmeiras contou com muitas polêmicas. O clube paulista teve reclamações menos efusivas, enquanto o Mais Querido chegou a enviar ofício para a CBF cobrando alguma atitude.

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Seneme generalizou a atuação da arbitragem e também os comportamento excessivos, como o de Abel Ferreira chutando um microfone. O chefe de arbitragem da CBF afirmou que vai endurecer as regras para que as mudanças aconteçam o quão logo for possível.

“Eu resumiria, e vou explicar depois, assim: se não vai no amor, vai na dor. Depois de nove meses, a mensagem é clara para 2023. E esse jogo da Supercopa me deu uma referência excelente do que eu tenho que fazer para 2023. Provavelmente vai ser na dor. A instrução para os árbitros vai ser muito clara. Árbitro de futebol está lá para aplicar a regra do jogo. E ele, na sua autoridade, sem que passe do limite, pois de igual maneira será punido se passar, se for omisso a regra do jogo, vai ser punido, vai ser afastado, vai ficar em casa. Não vai ser em tom de ameaça, mas em tom de determinação”, disparou.

Seneme fala em multas, premiações e colaboração mútua entre clubes e árbitros

Com a promessa de mais rigor na aplicação das regras, Seneme também falou em colaboração mútua entre arbitragem, clubes e imprensa. Ele revelou que materiais serão disponibilizados para esclarecer os momentos e regras a serem aplicadas.

“Essa mesma mensagem vamos tomar a liberdade de dar aos clubes. Vamos produzir materiais exemplificando situações que ocorreram, e a maneira que os árbitros vão proceder em determinadas situações disciplinares. Vocês, da imprensa, vão ter o material para poder dizer se o árbitro cumpriu ou não o que foi determinado. O erro foi do jogador ou do árbitro que deixou realizar? Essa vai ser a maneira que vamos trabalhar. Não há outra maneira, na nossa visão, que não seja essa”, afirmou.

Com o entendimento de que o perfil da arbitragem brasileira deve privilegiar o espetáculo e ser mais preventiva, Seneme falou sobre multar aqueles que descumprirem a aplicação das regras, sejam os próprios árbitros, sejam os jogadores e clubes. Em contrapartida, os que cumprirem o nível desejado serão devidamente premiados.