Ídolo do Flamengo, Diego Alves revela conselho a Marcos Braz e comenta treta em 2018

Em 5 anos de Flamengo, Diego Alves teve altos e baixos, títulos e polêmicas. O goleiro, contudo, sempre se mostrou transparente ainda que não buscasse negar todas as notícias negativas ligadas ao seu nome. Além disso, sempre se mostrou preocupado com o nível dos jogadores do clube, chegando até a aconselhar Marcos Braz.

Todas essas informações foi o próprio goleiro que revelou em recente participação no “BarbaCast”. Uma das principais polêmicas abordadas diz respeito à temporada de 2018, quando ele passou um período no banco de reservas. Naquele contexto, a imprensa em geral relatou desavenças entre ele e Dorival Júnior, que também comandava o clube no período.

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Diego Alves revelou que muitas coisas que aconteceram na reta final daquela temporada machucou ele o fez pensar em deixar o Flamengo. Ele, contudo, negou ter qualquer problema com Dorival e afirmou que a irritação nada tinha a ver com ele estar na reserva de César naquele período.

“Isso foi vinculado na imprensa. Eu não tenho problema em ser reserva. Eu fui reserva lá na Espanha. Esse ano (2022) eu fui reserva… Só que como me colocaram como ator principal, o cara que estava fazendo mal ficou dessa maneira. No meu contrato não tem nada falando que eu tenho que jogar tantos jogos, que tenho que fazer aquilo ou isso. Eu sou competitivo, cresci sendo competitivo, mas nunca desrespeitando ninguém. Ficava triste em alguma situação mas revertia isso em treinamento. Eu sempre fui profissional ao limite”, ponderou Diego Alves.

A importância de Abel Braga e Marcos Braz na continuidade de Diego Alves no Flamengo

No seu argumento, o goleiro do Flamengo pontuou sempre que pessoas e jornalistas agiram de má fé, criando situações que nunca ocorreram envolvendo o seu nome, o que lhe chateou. Por isso, passou pela cabeça dele deixar o clube e respirar novos ares. Porém, tudo mudou com a mudança de gestão, especialmente com as chegadas de Abel Braga e Marcos Braz.

“Aquele imbróglio foi resolvido. Antes de Dorival ir embora naquele ano mesmo a gente conversou e sabemos quem causou o problema e ficou tudo acertado. Não teve rancor, nem nada. Mas a imprensa ficou alimentando e a polêmica rende mais do que a verdade. Aí tem a mudança, entra o grupo do Landim e vem o Marcos (Braz) e automaticamente entra o Abel. Eu já sabia que o Marcos queria falar comigo e sabia que o Abel gostava muito de mim. Se hoje estou aqui falando de títulos, o Abel, se não foi a pessoa mais importante, foi uma das mais importantes. Ele me ligava praticamente todos os dias das minhas férias: ‘pô Diego, fica. Preciso de você’. E eu estava muito machucado naquela época. Estava tudo montado para tentar me destruir. Aí ele e o Braz ficaram me ligando frequentemente”, revelou o goleiro.

Em seguida, Diego Alves revelou que percebeu que a nova equipe gostava dele e que gostaria de mantê-lo no clube. Além disso, afirmou que não podia deixar um clube da maneira como foi especulado, o que ele chamou de “amadora”.

Pedido por um novo goleiro

Voltando ao assunto sobre ser reserva, Diego Alves contou sobre um pedido que fez para Marcos Braz. O goleiro, ciente da intensidade e quantidade de jogos que o Flamengo faz por temporada, sugeriu que o diretor fosse buscar um goleiro que fosse de confiança a ponto de revezar a titularidade consigo.

“Eu sempre falei com o Marcos que eles tinham que ter certeza do que eles tinham como reserva, porque é muito difícil você jogar a temporada toda no Brasil. Você com 35, 36 anos… Desde essa época aí (2019) eu falava para o Marcos: ‘Se vocês não confiam ou confiam, vocês têm que estabelecer. Se não confiam, tragam um em que confiam para vocês poderem me ajudar e a gente poder ter esse tipo de revezamento, que é natural’. Trazer um goleiro e eu falei isso para o Marcos. Chega um determinado momento que não tem condições de você jogar 60, 70 jogos por ano”, contou Diego Alves.

O goleiro está deixando o Flamengo ao final da temporada. Por enquanto, afirma não ter nada definido para o seu futuro. Informa, contudo, que não deve seguir no Brasil e que também não pretende se aposentar ainda.