Se o plano de Dorival Junior era evitar o salto alto, prevenir o excesso de confiança e fazer com que o torcedor rubro-negro chegasse nas duas finais com os pés um pouco mais plantados no chão, ninguém pode falar que a derrota desta quarta-feira por 3×2, diante do Fortaleza, não cumpriu a sua função.
Você ficava aí brincando que a Libertadores já estava ganha e fazendo piada sobre nossa defesa marcando Benzema e Vinícius Junior? Veja como atacante Pedro Rocha, aquele mesmo que no Flamengo mal caminhava sem tropeçar, atravessou nossa marcação como Patrick Swayze atravessava as paredes do metrô no filme “Ghost” para fazer um golaço.
Você estava dizendo nos grupos de Whatsapp que Dorival tinha conseguido reabilitar até Leo Pereira, que agora tinha virado zagueiro de seleção? Tá aí Leo Pereira realizando uma partida profundamente miserável para garantir que, se ele havia morrido e sido substituído, a versão morta voltou como um zumbi para deixar adversários passearem pela nossa pequena área.
Porque o que se viu, principalmente no segundo tempo, quando o Flamengo deixou que um suado 2×1 se transformasse em um lamentável 3×2, foi uma equipe rubro-negra absurdamente incapaz de se articular, sem nenhuma opção de saída de bola além da bicuda para a frente, e sem condição alguma de resistir à pressão bem realizada da equipe do Fortaleza.
Claro que, como sempre, existem atenuantes. Estávamos sem Arrascaeta e Everton Ribeiro, nossos dois jogadores de articulação, como ficava visível toda vez que João Gomes tinha que criar jogadas ou David Luiz tentava um chuveirinho aleatório na intermediária. Estávamos sem Pedro, nossa principal referência no ataque, ainda que Gabigol tenha assumido o papel de artilheiro da noite. E claro, também estávamos sem opções importantes do elenco como Vidal convocado, Cebolinha suspenso e até Marinho, que talvez nem ajudasse tanto, mas ao menos poderia estar lá.
Somando a isso a chegada de alguns jovens que possuem sim qualidade, mas ainda são um tanto quanto inexperientes no time de cima, como Mateusão e Matheus França, e você tem sim justificativas para uma atuação irregular e confusa da equipe rubro-negra, mas isso não muda o fato de que alguns erros não podem ser colocados na conta dos desfalques ou da falta de entrosamento a não ser que Léo Pereira precise ver rostos familiares ao seu redor pra lembrar que precisa participar da partida.
Então a derrota de hoje, ainda que obviamente não tire o valor do trabalho que vem sendo realizado e nem coloque em questão a situação do Flamengo na temporada, é sim um alerta para o tipo de erro e o tipo de postura que o Flamengo não pode ter em nenhuma das 3 partidas que irão decidir o ano de 2022.
Já superamos a época em que cometíamos esse tipo de vacilo, temos muito time para aceitar a pressão dessa maneira, existe muita coisa em jogo para que Léo Pereira apenas deixe de acompanhar um jogador porque acha que ele não vai alcançar a bola. Se depois de tanto tempo o Flamengo finalmente começou a jogar tudo que podia, com certeza não é agora que ele tem o direito de parar.
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