Jornalista evoca problemas comunitários para ser contra estádio do Flamengo

O sonho do Flamengo de ter um estádio próprio parece finalmente estar saindo do papel. Os dirigentes trabalham nos bastidores para viabilizar a construção da sua nova casa na região do Gasômetro, no Rio de Janeiro e já negociam com a Caixa Econômica Federal, proprietária do terreno. Mas a ideia não agradou à jornalista Milly Lacombe.

No programa Uol News Esporte, a jornalista abordou os problemas sociais e se colocou contra a construção de um novo estádio pelo Flamengo:

“Eu não entendo, essa cultura econômica que inundou o mundo inteiro diz que a gente precisa ter as coisas, precisa ser meu. É o alargamento do espaço privado para o encolhimento do espaço público. Eu sou contra. Fui contra o Corinthians construir um estádio só para ele. A gente teria que pensar em alargar o espaço público e não encolher ele”.

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Vale lembrar que o Maracanã poderia resolver esse problema, caso fosse administrado de forma definitiva pelo Flamengo. Mas o clube enfrenta há anos problemas relacionados ao estádio. Ultimamente, por exemplo, as brigas jurídicas envolvendo a concessão, Flamengo e Vasco, pelo uso do Maracanã.

Mylly Lacombe ainda afirmou que é uma insanidade a ideia do estádio próprio, que deveria ser pensado mais comunitariamente e menos individualmente:

“Todos os times vão ficar com estádios, endividados até os tampos, porque a dívida é lucro, a dívida é do pobre, para o rico é lucro (…)  Então eu acho uma insanidade, é óbvio que vai ser ótimo para o Flamengo, um estádio todo do Flamengo, mas acho que a gente tinha que pensar mais comunitariamente e menos individualmente”. Finalizou a jornalista.

Presidente da Caixa falou sobre a negociação com o Flamengo

Em entrevista na manhã desta terça (26), a presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques revelou que vem avançando nas conversas com o presidente rubro-negro Rodolfo Landim:

“Hoje tive uma conversa de manhã com o presidente (Landim) sobre o estádio. O Flamengo quer construir na região do Gasômetro, do Porto Maravilha (…) ”Eu pedi estudos de viabilidades técnicas e financeiras dentro da governança do banco. O banco tem atuado como gestor desse fundo que está no Porto Maravilha. Todos os projetos de revitalização daquela região no Rio de Janeiro existe um engajamento grande e um interesse do banco nisso. Então, já pedi os estudos de viabilidade, a gente vai acelerar”.