A semana começou com o anúncio vergonhoso de que o time após uma partida lamentável teria não 1, mas 2 dias de folga. Podemos até engolir o excesso de treinos em meio período pela falta de estrutura, mas 2 dias de folga com regenerativo quarta-feira é inaceitável! Esse tipo de comportamento frouxo da diretoria, que está longe de ser raro, já passa aos jogadores a falta de seriedade do trabalho.
Jogadores estes que durante o ano se arrastaram em campo, mas frequentaram com intensidade a noite e as festinhas privadas, se lesionam com grande frequência e demoram a voltar, adoram arrumar suspensões pelo 3° amarelo, geralmente conseguido em lance bobo, mas inexplicavelmente nunca saem do time titular.
A saída repentina de Oswaldo de Oliveira fez com que Jayme de Almeida voltasse ao comando do time, mas a única mudança que fez por opção foi na troca de Jonas por Canteros. Seu primeiro treino: Rachão.
O Flamengo foi pro jogo com Paulo Victor – Pará, César Martins, Wallace, Éverton – Canteros, Márcio Araújo – Gabriel, Alan Patrick, Paulinho – Kayke. Dentre esses, 4 dos 5 afastados por má conduta, fora jogadores em fim de contrato que poderiam estar fora do time dando espaço para outro mostrar serviço.
Nenhum dos dois times brigava por qualquer coisa, o Atlético-PR se despedia de seu estádio na temporada e foi o único time que entrou para jogar. Desde o início de jogo o Atlético-PR, treinado por Cristóvão, jogou solto, dominando a partida, se lambuzando nos erros de passe do Flamengo e encontrando muitos espaços na defesa.
Não foram poucos os erros de passe na saída de bola, tão pouco os erros no “último passe” com o time do Flamengo todo no ataque, permitindo que o Atlético-PR tivesse um contra-ataque limpo. Quando tentavam lançar para um dos pontas, geralmente erravam o passe, quando subiam tocando a bola, ficavam a girando de um lado para outro no meio campo, procurando espaços que não existiam e, quando por sorte um aparecia, também erravam o passe de penetração.
As poucas escapulidas que passaram pela defesa atleticana foram bisonhamente perdidas. Kayke pelo 3° jogo seguido perde chances por chutar em cima do goleiro, ao invés de tocar por cima na saída deste, some-se isso aos cruzamentos inomináveis de Pará, Éverton, Cirino e Paulinho e temos raras chances de finalização.
Alan Patrick talvez seja o melhor retrato desse Flamengo deprimente, vergonhoso, nojento, que vemos em campo. Passeia pelo meio se omitindo sempre que possível, quando a bola vai em sua direção busca um passe lateral até estar perto demais para não ser incisivo e então erra, qualquer passe objetivo pra frente é feito com tanta displicência quanto seus passes pra trás e pros lados, a diferença é que os ofensivos geralmente resultam em contra-ataque adversário. Não é falta de técnica, mas falta de vontade de vencer, falta de vontade de conquistar a torcida, falta de vergonha na cara, falta de espirito rubro-negro.
O primeiro gol saiu após Nikão avançar pelo meio e passar para Roberto que fez um golaço sem qualquer combate de Pará e César Martins. O Atlético-PR até deixou o Flamengo ter mais a posse, porém os erros faziam com que toda hora o time da casa chegasse na cara de Paulo Victor, o que permitiu Cléberson ampliar o placar aos 33 do 1° tempo.
No intervalo, perdendo o jogo, Jayme inexplicavelmente trocou Canteros por Luiz Antônio, a popular troca de seis por meia dúzia que muda absolutamente nada taticamente ou sequer tirava um dos piores em campo. O resultado foi o Atlético-PR continuar muito melhor, mais intenso e ampliar o placar aos 22 do 2° tempo com Cléberson cabeceando sozinho após cobrança de escanteio. O quarto gol só não saiu por erro de finalização do Hernández, mas fez Jayme mexer.
Obviamente a troca pura e simples de Gabriel por Cirino e Paulinho por Jajá não adiantou muita coisa, o Flamengo continuava passivo, chegando muito pouco na área adversária. Do outro lado Walter –sim, aquele muito acima do peso – corria o campo inteiro no ataque, vencia a marcação na corrida e cabeceava sozinho várias e várias vezes!
A apatia do time, o descaso com a torcida e com a história do clube, com a camisa que conquistou a alcunha de manto fez Jayme se declarar envergonhado na coletiva pós-jogo, mas aí eu pergunto: por que os escalou? Jayme é auxiliar há muito tempo, conhece bem o elenco, sabe quem são os vagabundos e quem se esforça, então por que escalou os que tratam o manto como pano de chão?
A esses jogadores que todos sabemos bem quem são, só gostaria de dizer: Tirem esse Manto, seus vagabundos! Bando de moleques que não merecem sequer passar em frente à sede do clube.
Saudações Rubro-Negras
p.s.: Domingo será um ótimo dia para ir ao Maracanã protestar e xingar esses vagabundos no jogo contra o Palmeiras.