O primeiro Fla-Flu do ano foi quente. No entanto, no extra-campo, lamentável. Isso porque, na saída de campo, Gabigol teria sido chamado de ‘macaco’ por torcedores do Fluminense. O clube e o jogador se manifestaram. Além disso, o Fluminense emitiu uma nota repudiando o ato.
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Mas o fato não caiu bem na internet. E para causar mais intriga, o presidente do Fluminense falou com o “SporTV” nesta segunda (07). Mas só causou ainda mais alvoroço nas redes sociais. Isso porque Mário Bittencourt, para falar sobre a causa negra, disse que sua esposa tem origens negras.
“Queria abrir a minha fala mostrando a minha indignação com uma frase que foi dita no programa de que a nota do Fluminense teria o teor que teve porque o presidente do Fluminense não é negro. Essa frase de um dos colegas de vocês é tão ou mais discriminatória do que o que supostamente possa ter ocorrido ontem. Digo isso porque está fazendo juízo de valor de mim, da minha família, eu sou um homem que tem uma relação familiar muito profunda com essa causa do racismo. Porque minha esposa e a família da minha esposa são de origem negra e indígena. Então minha própria esposa já foi vítima de situações muito duras na rua com uma das nossas filhas”, disse.
Presidente contesta se Gabigol, do Flamengo, realmente ouviu ofensa
Além da declaração, Mário ainda se questionou se Gabigol realmente ouviu o que disse ter ouvido. Isso porque, na hora, nem ele e nem os seguranças esboçaram alguma reação. Além disso, ele só se manifestou após ver o vídeo que circulava nas redes sociais, segundo o tricolor.
“A gente vai ouvir os seguranças que estavam ao lado do Gabigol, porque eles não tiveram nenhuma reação na hora dos xingamentos. A nossa dúvida é se realmente houve a ofensa racista. Se houve, iremos buscar a punição (…) Uma jornalista faz um vídeo lá de cima e diz que houve a ofensa racista. Depois, um influenciador diz que teve a impressão. Só depois o Gabigol fala que aconteceu. A gente entende que ele pode não ter escutado isso”, afirmou Mário.
Além disso, disse que espera que Gabigol ajude o Fluminense a identificar o autor da ofensa.
“A gente não duvida da palavra do Gabigol, mas ele pode ter escutado uma coisa e a pessoa ter falado outra. Talvez ele não tenha escutado a ofensa racista, e depois, vendo o vídeo, tenha entendido isso (…) A gente espera que o Gabigol nos ajude a identificar quem supostamente fez a ofensa. Fluminense é totalmente contra. Se realmente houve, iremos punir a pessoa administrativamente, e esperamos que a Justiça também puna.”
Reações do público
As frases do presidente ao programa repercutiram negativamente na internet. Não só entre flamenguistas, mas entre torcedores de outros times também. Veja a repercussão: