A contratação do “treinador” Renato Portaluppi nunca foi unanimidade entre os torcedores do Flamengo e também entre os dirigentes do Flamengo. O histórico do “treinador”, apesar dos títulos conquistados, é de no máximo três anos bons em toda a sua carreira.
Dito isso, cogitar a contratação de um “treinador” que bate no peito e diz que não precisa estudar, que jamais deu entrevistas sobre tática, modo de treinamento ou até mesmo sobre futebol é no mínimo falta de conhecimento de futebol e uso da aleatoriedade para comandar o elenco mais caro das Américas.
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Um time para ser competitivo precisa ter quatro aspectos: tático, técnico, físico e mental. Hoje o Flamengo não tem nenhum destes fatores, porque um depende do outro. Uma que a preparação física do Flamengo é ruim, o Renato já não sabe mais o que fazer, não tem mais a confiança do elenco e querer jogar tudo apenas no time titular, sem ter os quatro fatores que fazem um time ser competitivo é desconhecer futebol e acreditar no imponderável (o que pode acontecer no futebol, como já aconteceu várias vezes).
O Flamengo hoje é todo desorganizado, os jogadores já não sabem mais o que fazer em campo, é uma aposta no intuitivo do jogador, que sem os quatro fatores já falados é certeza que não dará resultado. Um exemplo disso é que os jogadores de meio campo em 2019-2020 corriam em média cerca de 6,7 km por jogo. Hoje esse meio campo beira a casa dos 10 km por jogo.
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Apesar dos erros gravíssimos de arbitragem, e que devem ser reclamados pela diretoria, o que ela não pode fazer é fechar os olhos para o momento em que vive a equipe. Mal fisicamente, cheia de lesões, mal treinada e com um desempenho digno de time que briga para não cair. Landim, Marcos Braz, Spindel, precisam fazer um diagnóstico profundo no departamento de futebol. Não cabe mais amadorismo e apostar no aleatório que se usava lá nos anos 90, talvez por isso explique ter o “treinador” Renato Portaluppi no comando.
Nada do que está acontecendo é surpresa, tudo de ruim em campo já era esperado. Quem vê futebol e acompanha sabia o que o “treinador” poderia fazer e entregar. A única esperança para o flamenguista hoje é acreditar que São Judas Tadeu calce sua chuteira e entre em campo, porque se depender de Renato e suas ideias é apostar no cara e coroa.